Conecte-se conosco

Estado - País - Mundo

Caso Alessandra Dellatorre: Polícia Civil não encontrou sinais de violência no cadáver

18/06/2024 - 11h25min

Atualizada em 18/06/2024 - 11h32min

A Polícia Civil anunciou o desfecho do caso do desaparecimento da advogada Alessandra Dellatorre em coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira. Alessandra estava desaparecida desde o dia 16 de julho de 2022, quando saiu para caminhar no bairro Cristo Rei, em São Leopoldo, sem levar celular ou relógio. Após quase dois anos de buscas, uma ossada encontrada no dia 7 de abril deste ano em Sapucaia do Sul foi identificada como sendo da advogada. A confirmação foi feita pelo Instituto Geral de Perícias (IGP) através de exames na arcada dentária.

Conforme o delegado Mário Souza, chefe da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), não há indícios de crime no local onde os restos mortais foram encontrados. “Não há ossos quebrados ou trincados, nem sinais de tiro ou facada, por exemplo. A roupa estava colada ao corpo, o que não indica violência”, disse. O corpo foi localizado próximo a um muro em uma área de difícil acesso, que não é usualmente utilizada para caminhadas.

A investigação inicial estabeleceu a última rota de Alessandra, a partir das imagens de câmeras de segurança que a capturaram caminhando na Avenida Unisinos, indicando a possibilidade de ela ter entrado na área de mata na divisa entre São Leopoldo e Sapucaia do Sul. Uma testemunha relatou ter visto Alessandra passando pela área de mata, antes de ela possivelmente adentrar ainda mais na vegetação densa até o local onde seus restos mortais foram encontrados, a cerca de 1900 metros.

Militares que realizavam uma limpeza na área encontraram a ossada, o que levou a Polícia Civil a iniciar diligências imediatas e a solicitar prioridade ao IGP para a análise dos restos mortais. Segundo as informações preliminares, o esqueleto estava praticamente completo e em fase de esqueletização avançada, sem tecidos moles, impossibilitando exames complementares como toxicológicos.

A localização dos restos mortais de Alessandra encerra um mistério importante, mas a ausência de sinais de violência não descarta a necessidade de mais investigações. A Polícia Civil abrirá um novo inquérito para apurar as causas e circunstâncias da morte. “Serão feitas novas perícias e diligências para desenhar todo o cenário”, acrescentou Souza.

Durante a coletiva, o delegado ressaltou que, desde o início, a investigação considerou Alessandra como desaparecida viva e que a Polícia Civil seguiu diversos protocolos de proteção para ela e sua família. “O desaparecimento dela envolveu um cenário complexo, inclusive com buscas fora do estado””, explicou.

O corpo de Alessandra já foi entregue à família, que agora aguarda o desenrolar das novas investigações para esclarecer definitivamente as circunstâncias de sua morte. Outros detalhes em relação ao caso foram protegidos pela polícia durante a coletiva, em respeito aos familiares da vítima.

Conteúdo EXCLUSIVO para assinantes

Faça sua assinatura digital e tenha acesso ilimitado ao site.