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Região

Pós enchente: a triste realidade de quem precisa recomeçar em Picada Café

20/05/2024 - 08h43min

Picada Café – Desolador, difícil, não saber onde e o que fazer. É assim a vida do servidor público Darci dos Santos que, desde o dia 12 (há uma semana) está fora de casa. Entre os dias de trabalho, ajudando a reconstruir a cidade, ele percorre quase 300 metros da casa onde hoje fica para retirar da sua antiga casa os pertences que ainda sobraram. Darci viu os anos de luta, de suor, de trabalho, de persistência, sendo condenados por uma ameaça de desmoronamento na Rua das Tulipas, 100, no Bairro Esperança, em Picada Café. Atualmente ele, a filha, o genro e um neto de 3 anos, que residiam na casa, estão morando de favor na casa de uma filha no mesmo bairro. “Estamos lá de favor, mas preciso encontrar outra casa”, frisou.

ESTRALOS

A vida de Darci e da família mudou no dia 12 de maio. Com a chuvarada toda foi a filha que escutou os primeiros estralos. Sinal de que o terreno poderia estar cedendo. Após uma primeira análise foram encontrados as primeiras rachaduras na casa e no terreno. Neste sábado, 11, afirma Darci, essas aumentaram, além de surgirem novas rachaduras. “Tenho vindo aqui todos os dias para retirar mais alguma coisa. O que puder a gente vai salvar”, detalhou. O morador também pretende procurar a Assistência Social, bem como o Mutirão do Bem, a fim de que seu nome esteja na lista para receber alguma ajuda dos governos, bem como das entidades que realizam campanhas beneficentes.

DEFESA CIVIL MONITORA

Foi a Defesa Civil e os Bombeiros Voluntários que vistoriaram a casa do servidor público Darci dos Santos. Tão logo apareceram as primeiras rachaduras a família foi orientada a deixar o local por medida de segurança. O comandante dos Bombeiros Voluntários, Vilson Koch, afirma que a atitude do servidor em deixar a casa é importante devido ao alto risco. “Não só a casa está com rachaduras, como o terreno. Isso é um sinal de quem ele pode estar cedendo e isso é um risco iminente de desmoronamento”, frisou. “Essa sempre será nossa orientação. A hora é de salvar vidas e depois recuperar os bens materiais”, detalhou.

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