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Cerca de 1,85 milhão de pessoas são afetadas por ciclone em Moçambique

27/03/2019 - 10h23min

Atualizada em 27/03/2019 - 10h25min

Cerca de 1,85 milhão de pessoas foram afetadas pelo ciclone Idai e suas consequências apenas em Moçambique, disse a agência humanitária da ONU, na terça-feira (26). Até o momento, as autoridades estimam que 686 pessoas morreram com a tempestade tropical que atingiu Moçambique, Zimbábue e Malaui, informou um balanço divulgado pela Reuters.

O balanço de vítimas pode aumentar à medida que as equipes de resgate se preparam para conter surtos de doenças, como malária e cólera.

A ajuda humanitária tenta avaliar a proporção do desastre e determinar qual tipo de auxílio é mais urgente nesse momento.

Em 14 de março, o ciclone Idai chegou a Moçambique com ventos de mais de 170 km/h e foi seguido de fortes chuvas. Sua passagem danificou casas, provocou inundações e deixou destruída 90% cidade portuária de Beira, a segunda maior do país. Então, o ciclone seguiu para países vizinhos Zimbábue e o Malauí.

“Alguns vão estar em situações críticas, de vida ou morte. Outros terão tristemente perdido suas vidas, o que, apesar de ser uma tragédia, não é ameaça instantânea à vida”, disse o coordenador do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha), Sebastian Rhodes Stampa.

Moçambique é o país mais atingido pela crise humanitária, com milhares de lares destruídos e pessoas deslocadas por uma área de 3 mil quilômetros quadrados — praticamente o tamanho de Luxemburgo.

“Podemos determinar o tamanho, mas não a circunstância. Então estamos trabalhando no solo, resgatando pessoas com auxílio de helicópteros para determinar quais são as necessidades críticas”, disse Stampa.

‘Estamos juntos’

O Secretário Geral da ONU, António Guterres, disse que “hoje queria dizer às autoridades e ao povo de Moçambique e, em particular, às populações mais afetadas que “Estamos juntos!”.

Em uma coletiva de imprensa ele declarou que essa é uma das piores catástrofes ambientais vividas na África. Ele afirmou que a ONU não vai esquecer dos afetados, que o apoio será reforçado e duradouro.

“É extremamente doloroso constatar as centenas de mortos que o ciclone Idai provocou; ver localidades inteiras alagadas; saber que casas, hospitais e escolas estão em ruínas; verificar que colheitas vitais para a alimentação das populações foram perdidas; temer as doenças e epidemias que, normalmente, surgem nestas ocasiões”, disse.

Fonte: G1

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