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Coluna Nova Petrópolis

Câmara de Vereadores não mudará mais para o Centro de Eventos

14/06/2019 - 10h31min

Pretendida pelo presidente Daniel Michaelsen, a mudança da Câmara de Vereadores para o Centro de Eventos não vai mais acontecer. Pode haver outros planos da municipalidade para aquele espaço público no bairro Juriti, que serão detalhados pela reportagem do Diário. Sem outra opção, a Câmara continuará pagando aluguel. Neste sentido, o presidente conseguiu uma espécie de “prêmio de consolação” ao renovar o contrato pelo mesmo valor de 2018: R$ 4.900,00 por mês.

PRÉDIO PARA A CÂMARA

O último presidente a tratar com mais ênfase do tema “prédio próprio para a Câmara de Vereadores” foi o atual vice-prefeito Charles Paetzinger, à frente do Legislativo em 2014. Foi naquele ano que a Câmara recebeu a Prefeitura um terreno naquela área pública junto ao cruzamento das ruas Rui Barbosa e Tiradentes. Embora importante, essa foi a parte fácil. Uma simples troca de assinaturas entre chefes do Poder no cartório. Quando se começou a falar em destinar dinheiro público para a construção de um prédio para Câmara naquele terreno, aí a coisa complicou. Muitos, ou quase todos, sustentam que há diversas outras prioridades para se aplicar recursos. Sempre haverá uma estrada a ser pavimentada primeiro. Mas também não se pode fugir dos fatos da matemática. Pagando R$ 4.900,00 por mês, são R$ 235 mil em quatro anos. Talvez nem seriam necessários oito anos para quitar um prédio próprio para a Câmara. Daí em diante, todo este dinheiro poderia, de fato, ser revertido às grandes prioridades do município. Do jeito que está, jamais será.

SEM GABINETES

Por que eu falo em menos de oito anos para pagar o prédio próprio da Câmara? Porque se esta decisão for tomada, ela tem que primar pela simplicidade, pelo básico. Nada palaciano. E, em hipótese alguma, construir um gabinete para cada vereador. Se isto for feito, mais cedo ou mais tarde eles vão dar um jeito de colocar um assessor parlamentar dentro de cada gabinete. Melhor nem dar chance para o azar!

PLANO B

Outra ideia para que a Câmara passe a ter um prédio próprio consistiria na venda do terreno que tem nos fundos da Prefeitura e na compra de um prédio usado em uma área não tão valorizada. Claro que não seria um valor suficiente, mas a diferença também poderia ser quitada com o valor hoje pago em aluguel.

PLANEJAMENTO

Seja como for, exigiria comprometer parte significativa do orçamento da Câmara por, no mínimo, quatro anos. Não é uma decisão que um presidente toma de um dia para outro. É o que se poderia chamar de “plano de governo”. Ou seja, teria que constar no Plano Plurianual, cuja próxima edição será elaborada em 2020 e valerá para os próximos quatro anos. Um tema para ser avaliado pelo próximo presidente da Câmara.

BASTIDOR DE 2014

A negociação feita por Charles em 2014, que proporcionou um terreno para a Câmara, foi favorecida por um pequeno desentendimento então havido entre CCs do PP e do PMDB. Foi nessa época que a Prefeitura voltou a ter repartições no segundo andar da Biblioteca Municipal, até então utilizado pelo setor administrativo da Câmara. Charles concordou com a saída da biblioteca em troca do terreno.

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