Colunistas
Osso duro de roer
Causou um certo alvoroço a insinuação de que importante político da cidade estava trocando de partido. E é verdade. É que nestas alturas do campeonato falta partido para tantos nomes que querem concorrer a prefeito. Muitos tem este sonho em mente, ser ao menos candidato a vice. Hoje em dia é um ótimo negócio ser candidato a vice. Além de ganhar salário para não fazer nada, pois o vice não trabalha, uma vez que não é cargo, e sim, um mero nome que é escolhido junto com o prefeito para substituí-lo apenas em situações de afastamento do titular, o vice quase sempre é contemplado com cargo de secretário e aí ganha um bom salário. Às vezes pode até ser secretário de coisa alguma, mas o salário no fim do mês está lá. É a recompensa por ter participado da campanha, correndo atrás de votos para tentar eleger a chapa, o prefeito e ele junto.
EXCEÇÃO
Nos últimos tempos, só sei de Marli Heinle Gehm, que foi vice de Arnaldo, que não assumiu cargo algum e apenas desempenhou o mandato de vice. Ela não precisa do salário de secretário e não valia a pena assumir um cargo, que via de regra queima o político mais do que aumenta o seu prestígio. Marli não foi boba e ficou de fora. Desta forma não participou diretamente da pior administração que o município de Ivoti já teve. E até se deu ao luxo de fazer de conta que não sabia das maldades cometidas na administração da qual ela participava como vice-prefeita. Mesmo porque o vice tem um bom salário para não fazer nada. Se ele assume uma secretaria vale o maior dos dois, aí o cargo de secretário é mais alto e geralmente o vice quer ganhar mais e, ao mesmo tempo, mostrar serviço. Não era o caso de Marli. Ganhando uns 3 mil por mês como vice eleita sem fazer nada, foi de bom tom. Acabou pagando o pato por não ter se eleito prefeita na última eleição, nem com Paulo Buchmann de vice. Aquela eleição estava decidida antes de começar e Marli e Paulo não ganhariam nem com banda de música. Maria tinha acabado de ser cassada para a maioria da população de forma injusta. Maria continua tendo a aura de só ter feito o bem e salvo vidas, o que não deixa de ser verdade. No fundo, a Justiça faz a mesma coisa, manda furar a fila e ponto final. Os municípios que paguem.
LIMBO
Marli é a atual presidente da Câmara de Vereadores e está na área. Martin é candidato, embora ande desgostoso com a política. E Martin está em busca de um candidato a vice. Hoje este nome é Beto e vai continuar sendo por um bom tempo. Martin não tem porque não ir com Beto novamente. Só que nunca se sabe o que a política reserva de surpresas de última hora. Acredito que Beto seria um bom nome, pois é o melhor candidato a vice da praça. É ativo, batalhador, nunca deixa de medir esforços para fazer as coisas como tem que ser. Ele só tem o pequeno grande problema de ter rejeição. E a próxima campanha não vai ser como a última. Maria agora estará do outro lado e ela anda dizendo pelos quatro ventos que tem um bom candidato para apoiar. Aí será de novo um osso duro de roer e qualquer vacilo poderá ser fatal.