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Operação contra lavagem de dinheiro tem como alvos Marizan e Chapolin, líderes dos Manos
Região – Os traficantes Marizan de Freitas, 31 anos, e Antônio Marcos Braga Campos, o Chapolin, 36 anos, apontados como integrantes do principal núcleo da facção Os Manos, no Vale do Sinos e nos Vales do Taquari e Rio Pardo, são os principais alvos da operação desencadeada hoje pela Polícia Civil.
Marizan é de Três Coroas e conhecido por comandar o tráfico de drogas em parte do Vale do Sinos, Paranhana e na Serra. É de Marizan que vem a droga que abastece Nova Petrópolis, Gramado, Igrejinha, Taquara e São Francisco de Paula.
O criminoso, que atualmente cumpre pena na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas, foi quem empossou Dione Roger Brando como patrão do tráfico em Nova Petrópolis e Gramado, em meados de 2016. Dione recebeu autonomia para tocar o negócio, montar estratégias e montar sua equipe. Entretanto, tinha a obrigatoriedade de comprar a droga de Marizan. Dione também era obrigado a consulta Marizan quando fosse tomar decisões importantes.
Chapolin tem base montada na região de Santa Cruz do Sul e em Lajeado. É um criminoso antigo, com vínculos com os criminosos mais populares da história recente da crônica policial.
Desde o ano passado, Chapolin cumpre pena em um presídio federal em razão da sua influência no crime organizado no RS. Ele foi um dos criminosos transferidos, a pedido do Ministério Público, para o presídio federal em Mossoró na operação Pulso Firme.
Marizan e Chapolin, segundo a investigação que resultou na operação de hoje, utilizam familiares e aliados sem antecedentes criminais, para assumirem bens adquiridos por meio do tráfico de drogas.
OPERAÇÃO
Na manhã desta sexta-feira, a Polícia Civil desencadeou a operação Borgata com o objetivo desarticular uma rede de lavagem de dinheiro. O grupo criminoso, sediado no Vale dos Sinos, movimenta em torno de R$ 500 mil por semana.
Estão sendo cumpridos 23 mandados de busca e apreensão, em São Leopoldo, Novo Hamburgo, Campo Bom, Porto Alegre e Lajeado, ordens para o sequestro de cinco imóveis de luxo em Novo Hamburgo, Campo Bom e Lajeado, e o bloqueio de sete contas bancárias.
Ainda são cumpridos cinco mandados de prisões temporárias e 47 quebras de sigilo bancário, fiscal e financeiro.
Até o momento, quatro pessoas foram presas, em torno de R$ 30 mil em dinheiro aprendidos e diversos documentos localizados.