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Novo Hamburgo: vereadores pedem reabertura da Casa da Lomba
Os parlamentares hamburguenses aprovaram por unanimidade durante a sessão desta quarta-feira, 10 de julho, moção de apoio à mobilização de moradores pela reabertura da Casa da Lomba, situada no bairro rural da cidade. Palco de festivais de arte e música, o imóvel contava com telecentro, biblioteca e feiras de economia solidária até ser fechado em 2017 para obras de restauração. Autor inicial da moção, Enio Brizola (PT) contou que, no final de junho, cerca de 50 pessoas se reuniram em um evento para relembrar as atividades desenvolvidas no espaço multicultural.
“Um sarau reviveu a memória da Casa, que está abandonada há aproximadamente três anos. A luta pela retomada das atividades da Casa da Lomba mobiliza artistas, entidades e a comunidade da região do Vale do Sinos, uma iniciativa que vem sendo provocada há mais de dois meses”, relatou o parlamentar. Construída em 1860, a Casa da Lomba foi tombada em 2007 e pertence ao patrimônio municipal desde 2011.
Brizola usou a tribuna para pedir a aprovação da moção. O parlamentar falou sobre a importância dos espaços periféricos e rurais para a cultura. “A Casa da Lomba também abrigou um telecentro. As pessoas recorrem a esse lugar para acessar a internet, livros – uma biblioteca, inclusive, foi montada com doações da comunidade. Claro que manutenções precisam ser feitas constantemente, é necessário captação de recursos e intervenções, mas não podemos ter esse espaço fechado já há três anos. A casa não tem segurança, os livros estão criando mofo. Nós nos unimos à luta da comunidade lomba-grandense para manter acesa a chama da cultura e recuperar um espaço de referência para o Município”, defendeu.
Patricia Beck (sem partido) também destacou a importância do espaço cultural para Lomba Grande. “Em 2017, quando estávamos na presidência da Câmara, fomos procurados por diversas pessoas que demonstraram o seu descontentamento com o que aconteceu no local. Na época, foi dito que não havia como pleitear recursos com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para fazer as obras necessárias. Mas agora vemos que o paradão do Centro, que não estava previsto inicialmente pelo projeto de revitalização, por exemplo, e que custa mais de R$ 1 milhão, pôde acontecer. Para mim, o BID é um projeto guarda-chuva e, dentro dele, desenvolvem-se várias outras questões. Então fica aqui o sentimento de que algo poderia ter acontecido e não aconteceu. Temos de somar esforços e buscar alternativas para que a gente volte a ter a Casa da Lomba em condições para a comunidade local, que tem esse pulsar cultural”, comentou a parlamentar.
Raul Cassel (MDB) ressaltou que a Casa da Lomba merece tratamento especial porque é ali que se reúnem as diversas fontes culturais da cidade. “É um ponto de encontro inclusive social e educativo daquela comunidade”, afirmou.
Fonte: Câmara Novo Hamburgo