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Terceiro suspeito por esquartejar e queimar mulher é preso em Bom Jesus
O terceiro indiciado da morte e esquartejamento de Patricia Marques Muller, 21 anos, em Bom Jesus, se apresentou à Polícia Civil. Lucas Rodrigo da Silva Velleda, 20, é morador de Porto Alegre e se apresentou sozinho na delegacia. O crime aconteceu em abril e é descrito como um dos mais absurdos, covardes e macabros da história de Bom Jesus.
A fala é do delegado regional Carlos Alberto Defaveri, que há 16 anos trabalha nos Campos de Cima da Serra. A repercussão do assassinato também seria o motivo para Velleda se entregar espontaneamente:
— Imagina-se que a própria facção em nome da qual ele cometeu o crime tenha reprovado sua conduta. Melhor que morrer é ser preso — afirma o experiente delegado.
Dois outros investigados já estavam presos pelo assassinato de Patrícia. Douglas Córdova Borges, 20, morador de Bom Jesus, foi preso por tráfico em 16 de maio, mas foi indiciado pelo homicídio. Tobias Almeida Santos, 21, foi encontrado e preso em Porto Alegre, no dia 31 do mesmo mês.
O crime
A investigação concluiu que o trio matou a mulher com uso de um serrote e de um machado, cortou partes do corpo dela e ateou fogo. Conforme a polícia, Patrícia saiu de Feliz, onde morava, para viver com amigas em Bom Jesus, em 9 de abril. O último contato dela com familiares foi no dia 21 de abril, data do seu aniversário.
O corpo foi encontrado em uma estrada na localidade de Mandaçaia, a cerca de quatro quilômetros da área urbana de Bom Jesus, no dia 8 de maio. Estava parcialmente carbonizado, em decomposição e com partes desmembradas. Ela foi identificada pelo Instituto Geral de Perícias (IGP) por meio de uma prótese em uma perna, de tatuagens e exame de DNA. Segundo informações repassadas pela família à polícia, ela estava grávida de quatro meses.
A Polícia Civil conseguiu chegar à casa que teria sido usada para o assassinato na Rua Arlindo Panenbeker, no bairro Santa Catarina, onde foram encontradas diversas peças de roupa, cinco facas, um serrote, um machado e outros objetos. O exame de DNA comprovou que o sangue que estava no serrote e no machado eram da vítima.
Em rede social, Santos postou uma foto de Patrícia morta. Mesmo tendo sido apagada, uma imagem da postagem consta no inquérito. A polícia ainda tenta obter um vídeo que circulou por redes sociais e que teria sido feito pelos criminosos junto à vítima antes de ela morrer.
Fonte: Pioneiro