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A casa de Ivoti que ajuda a cuidar da saúde mental

06/08/2019 - 11h02min

Atualizada em 07/08/2019 - 09h38min

Ivoti – Cuidar da saúde mental já deixou de ser algo dispensável. Tratar os problemas é essencial para uma vida mais saudável. De crianças, adolescentes, passando por adultos e idosos, todas as faixas etárias estão buscando ajuda de profissionais para lidar com doenças como depressão, bipolaridade e ansiedade. Em Ivoti, isso não é diferente.

O Caps (Centro de Atenção Psicossocial) oferece ajuda gratuita aos moradores. A reportagem conversou com o assessor superior e futuro secretário da Saúde, Renê Loesch e também com a coordenadora, Jéssica Medtler, para saber mais sobre o Centro.

A casa fica na Rua Caldas Júnior e é bastante movimentada por conta do número de pacientes. Eles recebem atendimentos de psicólogos e de psiquiatras. Além disso, o espaço conta com atividades como roda de conversa. “Estamos fazendo adaptações na casa, que é locada pelo município, para melhorar ainda mais. Hoje, a gente tenta fazer com que o Caps seja visto como um local de saúde, que cuide das pessoas”, comentou.

CONVERSA

Os grupos são variados e com horários diferentes para atender os pacientes. Há o grupo de Luto e Ideações, que é quinzenal, o Terapêutico Misto, Livre Expressão, Adolescentes Alimentando a Alma, roda de conversa com Artesanato: a Arte Reconstrói e um grupo multifamiliar de Dependência Química. Além disso, o ivotiense pode participar de uma oficina de artesanato nas segundas-feiras, das 8h à 11 e 13h às 16h.

A parede do Caps foi pintada com frases de incentivo aos pacientes (Créd. Ana Veiga)

CONSULTAS

De acordo com Renê, o número de consultas entre 2018 e 2019 aumentou. Os dados atuais da Secretaria são de janeiro a maio deste ano. Em relação aos psicólogos, o maior número de atendimentos foi em abril, com 298. Já com o psiquiatra, o índice maior foi em maio, com 244. “Hoje temos cinco psicólogos, um psiquiatra concursado e um cedido pelo Estado”, explicou Renê.

A BUSCA PELO INTERIOR E AJUDA DO CAPS DE IVOTI

O Caps atende os ivotienses de todas as idades. De acordo com a coordenadora, há pacientes desde três anos até 80 anos. Em relação aos jovens, Renê alertou que os pais precisam ficar atentos e, se perceberam alguma situação diferente, devem procurar ajuda.

Em relação as doenças, são as mais diversas. “Temos pessoas com Síndrome do Pânico, ansiedade muito também, isolamento social. Além disso, tem pessoas com esquizofrenia, onde há muito preconceito por parte da sociedade. Há uma dificuldade de entender e ajudar”, disse ela.

FALTAS

Esse é um problema que existe em toda a rede de saúde. Muitas pessoas marcam consultas, mas não vão. Mesmo assim, o custo é pago pelo Poder Executivo. “Infelizmente, temos um número bastante grande de faltas. Temos uma fila de espera e as pessoas precisam avisar se não poderão ir no atendimento”, destacou Renê.

TABU

Cuidar da saúde mental é de suma importância para prevenir o suicídio. O tema é um tabu, mas precisa ser falado, conforme explicou a coordenadora do Caps. “É um assunto necessário de falar. Temos muitos casos na região. A melhor forma de prevenir é falar, procurar uma unidade de saúde. São várias portas abertas para quem precisa falar sobre isso”, disse ela.

No mês de setembro, Ivoti terá atividades para discutir sobre o tema. Por fim, eles lembraram que é importante cuidar de si próprio e de sua saúde mental. “Poder repensar as nossas atitudes. Buscar sempre a nossa paz interior. E se não puder mais lidar com as questões, que a pessoa possa buscar um profissional”, disse Jéssica.

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