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Cemitério clandestino em Porto Alegre teria cerca de 100 corpos

22/08/2019 - 20h42min

Em uma área de mais de 250 mil metros quadrados no bairro Alto Petrópolis, Zona Leste de Porto Alegre, em uma das entradas do Morro Santana, está o que até agora é apontado por autoridades como o maior cemitério clandestino do Rio Grande do Sul. O Ministério Público diz que cerca de 100 pessoas foram enterradas na região.

O local fica ao lado da chamada Vila Esqueleto e há poucos quilômetros do bairro Mário Quintana, e teria sido transformado há pouco mais de cinco anos em um “tribunal” por uma das maiores facções do estado, onde desafetos, traidores da quadrilha e até pessoas que estavam em locais errados e no momento errado eram julgadas, executadas, muitas vezes esquartejadas vivas e enterradas.

“Nós concluímos que esse local é utilizado como um cemitério clandestino por uma fação criminosa que costuma raptar e esquartejar as pessoas e depois enterrá-las”, diz a delegada Luciana Smith, que comandou a 5º delegacia de homicídios e foi uma das responsáveis pela investigação que encontrou as covas rasas.

A polícia chegou até o cemitério clandestino depois da delação de um dos membros da facção. Jovem gerente do tráfico que, no início de 2017, ao ser ordenado a matar amigos e por medo de morrer, fez um acordo com as autoridades: em troca de proteção, entregaria os negócio da quadrilha, como a hierarquia funcionava, a autoria de diversas execuções e também onde estavam os corpos de muitos desaparecidos, durante um dos períodos maior violência de Porto Alegre e Região Metropolitana.

Somente no ano de 2016, foram encontrados 16 corpos decapitados pelas ruas da Capital, e diversas outras pessoas simplesmente desapareceram. Esses casos fazem parte da investigação.

Fonte: G1

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