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Homem preso por atirar contra rosto de ex é indiciado por tentativa de feminicídio
O empresário Cristiano Bessa Arisi, de 40 anos, investigado pela suspeita de ter atirado contra o rosto da ex-companheira, em São Leopoldo, na Região Metropolitana de Porto Alegre, foi indiciado na quinta-feira (22) pela Polícia Civil e responderá por tentativa de feminicídio e constrangimento ilegal. Este segundo crime se refere ao fato de ter obrigado um motorista a dirigir para ele, durante a fuga.
O delegado do caso, Ivair Matos dos Santos, enviou o inquérito concluído ao Judiciário durante a tarde. Depois, será encaminhado ao Ministério Público, que poderá formular uma denúncia. Caso isso aconteça, Cristiano passa a responder judicialmente pelos crimes.
O crime aconteceu no último dia 7. A jovem, de 20 anos, estava trabalhando em uma loja, quando Cristiano entrou no lugar e atirou contra ela. Internada no Hospital Centenário, ela chegou a ficar em estado grave, mas se recuperou e teve alta alguns dias depois.
Ele fugiu correndo do local, e obrigou um homem que estava em um carro estacionado nas proximidades a fugir com ele. A Polícia Civil divulgou as imagens dele correndo pela rua.
No mesmo dia do crime, Cristiano teve a prisão preventiva decretada. No dia 13 de agosto, ele se apresentou à polícia e foi preso.
Conforme a polícia, os dois tiveram um relacionamento de dois anos e estavam separados havia cerca de três semanas quando aconteceu o crime.
Após a separação, a mulher solicitou medida protetiva para que ele não pudesse se aproximar dela, pois vinha sendo ameaçada.
A medida foi concedida no dia 3 de agosto, impedindo a aproximação do ex-namorado. Mas acabou sendo atacada novamente, em casa. Ele só foi intimado no dia 5, depois do ataque relatado pela vítima, alguns dias antes do crime.
A jovem chegou a ficar afastada do trabalho por 15 dias, escondida, com medo das ameaças. Quando a medida protetiva saiu, ela decidiu retornar ao trabalho. Foi quando o ex-namorado a procurou, pedindo seu telefone.
Ela se recusou a entregar e acabou baleada. Segundo a polícia, Cristiano não tinha autorização para obter a arma, que não foi encontrada, pois o suspeito teria a jogado no rio.
Ao ser preso, Cristiano confessou informalmente o crime. Porém, em depoimento oficial, não fez a confissão.
Fonte: G1