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Estância Velha: moradores do bairro Floresta reclamam de invasão de terreno

02/10/2019 - 16h35min

Atualizada em 03/10/2019 - 10h34min

Estância Velha – A história é antiga e se arrasta há mais de vinte anos, com o envolvimento de várias pessoas, inclusive, pelo que se constatou no local, iniciado por alguns servidores públicos. Os vizinhos se sentem incomodados com casas construídas em um terreno invadido, no final da rua Alfredo Juchen, no bairro Floresta. A área prevista para dar segmento à rua Alfredo Juchen, já foi invadida há muito tempo, e desde lá um “dono” vende para o outro, sempre de forma irregular. Esta semana vizinhos chamaram atenção para a intenção dos moradores do local, em construir mais casas, sem rede de esgoto e sem energia elétrica, e sem condições dignas de moradia. “Este local é pra passar uma rua. Quando a Prefeitura quiser abrir a rua, terá que indenizar todas as famílias que estiverem no local. Este custo cairá novamente sobre nós, que já pagamos nossos impostos, diferentes dos invasores”, reclama um vizinho, que prefere não se identificar. O clima no local é bem tenso, entre os vizinhos. Na manhã desta terça-feira, a Defesa Civil esteve no local, avaliando a situação.

VULNERABILIDADE SOCIAL

Uma das casas que invadia a rua, já foi demolida há anos atrás, por ordem judicial. Por questões sociais, foi permitido que outra casa permanecesse, até a prefeitura abrir a rua prevista para o local. A casa foi reformada, e é habitada por um casal, que trabalha e não estava em casa, no momento da visita da Defesa Civil. Nos fundos, foi construída mais uma casa, com condições precárias de higiene. O casal Lucas de Lemos, 28, e Caroline Brito, 20, residem no local com a filha e os pais de Caroline. São cinco pessoas, residindo num espaço minúsculo, com parte em madeira, e assoalho precário. Os quatro adultos trabalham na reciclagem do Terminal de Lixo, em Estância Velha, porém Caroline está em casa, em licença maternidade, e Lucas alegou estar de férias. Nos fundos desta casa pode-se observar muito material de construção, prontos para serem utilizados.

QUESTÕES LEGAIS

Conforme a avaliação de Doglas Bauermann, da Defesa Civil, “pela questão social, não temos como impedir a reforma de parte do casebre”. Porém, Bauermann foi bem claro no sentido de dizer que a família permanece de forma irregular no terreno, sendo que utiliza energia elétrica emprestada do vizinho da frente (que também é irregular, mas conseguiu energia elétrica, alegando vulnerabilidade social, na época. A casa não poderá ser ampliada e muito menos que sejam construídas novas casas. Um dos vizinhos esteve na Prefeitura buscando o documento de regularização do imóvel (Habite-se), e não conseguiu, pois, precisa fazer a sua calçada, porém, se fizer a calçada na metragem do terreno, invade a rua. “Nós só queremos ter uma rua para transitar, estacionar nossos carros sem casas no meio da rua”, queixa-se um morador. O caso envolve, promessas de prefeitos e assessores, Secretarias de Assistência Social, Planejamento Urbano, Defesa Civil, enfim, longe de ter uma solução definitiva. Enquanto isso, os moradores das proximidades continuam tentando alguém que possa, pelo menos atender aos pedidos mais simples como ter uma rua em condições normais de tráfego.

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