Coluna Nova Petrópolis
Entre as justificativas apresentadas pela EGR na Câmara, faltou a principal
A reunião promovida segunda-feira pela Câmara, com a presença do presidente da EGR, Urbano Schmitt, e do secretário municipal de Planejamento, Hermann Deppe, cumpriu o seu objetivo geral de esclarecer dúvidas a respeito da rótula de acesso ao bairro Pousada da Neve. Foram apresentadas justificativas para diversas situações que envolvem a obra. Urbano e Hermann garantiram que a EGR e a Prefeitura estão em constante diálogo e que existe um “espírito de cooperação” entre as partes. Assim, cooperando, pretendem encontrar soluções para os problemas que persistem. Muito bem se assim for.
BOA NEGOCIAÇÃO
De acordo com a EGR, diversos proprietários da área afetada pela obra foram procurados e com muitos deles já houve um acordo com relação às calçadas. Em alguns casos as dificuldades persistem. Mas é mesmo de se destacar que já há lugares com calçadas ampliadas pelos proprietários e o resultado está ficando muito bom e bonito.
FALANDO EM BELEZA
Nos próximos dias a empreiteira deverá concluir o asfaltamento do segundo lado da rótula (sentido Gramado). Atualmente ele está parcialmente libertado para os moradores do bairro. Uma vez asfaltado, o segundo lado também será liberado para o trânsito geral e a expectativa é que, com isso, os congestionamentos provocados pela obra acabem totalmente. E aí as equipes passarão a se dedicar aos acabamentos. Aí o aspecto visual começará a melhorar também. É a promessa da EGR.
VAMOS TER QUE VER…
O trabalho da Câmara, de reunir o presidente da EGR e o secretário de Planejamento, foi elogiável. Mas ainda não acabou. Longe disso. Como já comentei, a EGR apresentou justificativas e possíveis soluções para vários problemas da obra. Exceto para o mais grave deles, que é aquele trecho da calçada onde foram colocados os postes de luz (no sentido centro, entre a Av. Böhmen e a loja de calçados). Aquele trecho da calçada não tem as mínimas condições de uso. O vereador Claudio Gottschalk (PDT) fez cobranças incisivas a respeito disso e o máximo que lhe responderam foi: “Vamos ter que ver”. Atenção a isso, vereadores!
NÃO TEM MAIS VERBA
A EGR diz que não é possível solucionar este trecho da calçada agora porque o contrato com a empreiteira não permite mais aditamentos. E há uma explicação: o contrato já teve um acréscimo alto, fazendo o custo total da obra ultrapassar a casa dos R$ 3 milhões. Por que esse aditamento? Por causa da necessidade por construir os muros de gabiões. Um serviço caro, mas que fez a base da rotatória ocupar um espaço bem menor.
QUEM PAGARÁ?
Para alargar a calçada no trecho mais problemático seria necessário fazer um novo aterro, além do muro de gabião. Como demonstra o próprio aditamento da EGR, trata-se de um serviço caro. Dessa forma, a pergunta que eu fiz na coluna de segunda-feira persiste: quem pagará a solução deste absurdo?
A LARGURA DA CALÇADA
Diante dos questionamentos sobre a largura da calçada, um engenheiro presente à reunião pediu a palavra para dizer que o passeio atende aos padrões do Daer. Segundo estes padrões, a largura de 1,5 metro é aceitável, pois permite a passagem de uma cadeira de rodas. Faltou alguém dizer a este senhor que no trecho mais criticado da obra a calçada não tem 1,5 metro e, para completar, ainda foram colocados nela os postes de energia. Então, além de estar fora dos padrões do município, aquela calçada também não está nos padrões do Daer.