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Irã não entregará caixa-preta de avião que causou a morte de 176 passageiros

08/01/2020 - 11h47min

O Irã não entregará a caixa-preta do avião ucraniano que caiu hoje após decolar de Teerã à fabricante de aviões Boeing, disse o chefe da agência de aviação civil iraniana. Ali Abedzadeh também disse que não está claro para qual país o Irã enviará a caixa-preta para que seus dados possam ser analisados, informou a agência de notícias Mehr.

Um Boeing 737 da Ukraine International Airlines caiu na madrugada de hoje, matando todas as 176 pessoas a bordo, logo após decolar do aeroporto Imam Khomeini, em Teerã.

De acordo com a embaixada da Ucrânia em Teerã, o acidente pode ter sido causado por uma falha no motor da aeronave, e que não há relação com terrorismo ou com conflito entre EUA e Irã.

O acidente

A queda do Boeing-737 teria ocorrido logo após a decolagem, às 6h12 (horário local), do aeroporto internacional Imam Khomeini, em Teerã, conforme informou a Fars, agência estatal de notícias.

O voo PS752 da companhia Ukraine International Airlines seguia da capital iraniana com destino a Kiev, na Ucrânia. E, de acordo com a agência humanitária Crescente Vermelho, não há chance de encontrar sobreviventes.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, que estava em viagem a Omã, anunciou que estava voltando para Kiev. E alertou contra “especulações ou teorias sobre a tragédia” até que os relatórios oficiais estivessem prontos.

Entre as vítimas, estão 82 iranianos, 63 canadenses, 11 ucranianos, incluindo toda a tripulação, 10 suecos, quatro afegãos, três britânicos e três alemães, disse o ministro das Relações Exteriores, Vadym Prystaiko.

Equipes de resgate foram enviadas para o local do acidente, mas o chefe do Crescente Vermelho no Irã afirmou à imprensa estatal que era “impossível” alguém ter sobrevivido.

Indícios de terrorismo

Mais cedo, havia especulações de que o incidente poderia estar relacionado ao conflito entre o Irã e os EUA.

A tensão entre os dois países escalou drasticamente na última sexta-feira, após a morte do general iraniano Qasem Soleimani, em um ataque aéreo ordenado pelo presidente americano, Donald Trump, em Bagdá.

E levantou temores de um conflito direto entre as duas potências.

Em retaliação à morte do general, considerado um herói nacional no país persa, o Irã disparou mísseis na noite de terça-feira contra duas bases aéreas que abrigam tropas americanas no Iraque.

Créd. Uol

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