Violência contra a mulher é tema de encontro em Nova Petrópolis

Nova Petrópolis – A Câmara de Vereadores recebeu a rede de proteção à mulher para uma reunião na última semana. Estiveram presentes membros da Delegacia de Polícia, Brigada Militar, Caps, Cras, Secretaria de Educação, de Saúde e Assistência Social, OAB subseção Nova Petrópolis, Departamento da Mulher da Acinp, Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, Consepro, equipe ecumênica e vereadores.

O delegado Camilo Pereira trouxe dados relacionados às medidas protetivas. “Em 2018 foram 58 e em 2019 foram encaminhadas 65”. No entanto, os números de denúncias são maiores. Em 2018 houve 95 registros de violência contra a mulher na delegacia, número parecido com 2019. Em 2020 já foram emitidas 13 medidas protetivas.

• Nova Petrópolis: moradores não descartam novos protestos no bairro Bratz

Além disso, o delegado afirmou que as medidas são eficientes em sua maioria. “O que queremos melhorar é o acolhimento das mulheres. Não temos uma sala para isso, a Sala das Margaridas, mas seria importante”.

A presidente da Ordem dos Advogados do Brasil seccional Nova Petrópolis, Áurea Born, afirmou que a OAB também é responsável por auxiliar na rede de proteção. Além disso, pode arrecadar fundos para a construção de uma sala de acolhimento. “A OAB tem um caráter assistencial, não cuidamos só dos advogados”.

• Barragem sobe e uso de caminhões-pipa em Nova Petrópolis será suspenso

Discutiu-se também o papel da escola com relação ao machismo. O secretário de educação Ricardo Lawrenz sugeriu que um representante por escola fosse convidado a participar dos encontros da rede de proteção, bem como representantes de grupos de terceira idade, agentes de saúde e conselho tutelar.

O tenente Gil Anderson Novakoski, informou que será feita a patrulha Maria da Penha em 2020. “Temos uma policial formada para isso que irá atuar com outro policial. Aguardamos um novo curso para preparar mais pessoal”.

• Nova Petrópolis: Alunos retornam às aulas dia 18 de fevereiro

O presidente da Câmara, João Paulo de Macedo Viana sugeriu união entre as escolas, igrejas e famílias para manter o assunto sempre em evidência. “As pessoas não vão esquecer do assunto, pois sempre estará sendo falado em algum lugar, e isso as fará pensar”.