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Prefeito de Linha Nova considera CPI um ato político
Linha Nova – A CPI para apurar a realização de um informativo pela Prefeitura tem até quinta-feira, 20, para se estabelecer e iniciar os trabalhos. A comissão foi formada na última sessão (dia 13), com a aprovação de todos os vereadores. A comissão irá apurar o descumprimento de uma lei local que obriga a divulgação dos valores gastos em materiais de publicidade.
O valor gasto pela administração no panfleto também será alvo de investigação, pois pode ferir o princípio da economicidade. A Prefeitura pagou R$ 16.500 pelo material. A comissão ficou constituída pelos vereadores da situação Marcelo Beck (PDT), Rodrigo Kich (MDB) e Elói Wolf (PTB), além dos representantes da oposição Luana Schwantes (PT) e Éverli Wingert (PSB).
Um ato “politiqueiro”
O prefeito Henrique Petry considerou o movimento como sendo um ato político. “Não quero falar muito sobre este assunto, porque considero uma ação politiqueira e barata. Quem conhece a minha índole e acompanha o nosso trabalho, sabe que não agimos com má-fé ou de maneira mal intencionada”, apontou Henrique.
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Sobre a confecção do informativo, o prefeito ressalta que antes do material ser elaborado e encaminhado para a população, os valores e tiragens constavam na nota de empenho do serviço. “Muito antes de ser elaborado o informativo, esta informação já era pública inclusive pelos meios oficiais de transparência. O erro a qual apontam está na cabeça dos adversários políticos”, sinalizou.
Questionado se considera o valor aplicado no material alto, Henrique preferiu se abster e fez um breve desabafo. “Não vou julgar se houve lapso por não constar o valor ou tiragem no material, e nem culpar A, B ou C. Se houvesse boa intenção e real interesse por parte de quem encaminhou a demanda, teria verificado a nota de empenho onde constam todas estas informações. Acho que atos como este desestimulam os bons políticos”, finalizou.
Como funcionará a CPI
Após iniciar os trabalhos, a comissão terá 60 dias úteis, prorrogáveis por mais 30, para apresentar suas conclusões. Os encontros serão na Câmara. Na primeira reunião, o grupo elege presidente e relator. Depois, os membros iniciam as investigações. Eles podem solicitar documentos à Prefeitura, ouvir os envolvidos na confecção do informativo, fazer comparativos com outras possibilidades de divulgação e requisitar perícias para obter o esclarecimento dos fatos, sempre assegurando a ampla defesa aos envolvidos. O relatório final será apresentado em sessão ordinária e também poderá ser encaminhado ao Ministério Público, para que tome as medidas pertinentes.