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Lembram do Dollynho? Dono da indústria de refrigerantes é preso e diz que foi a mando da Coca-Cola

10/05/2018 - 23h19min

Atualizada em 14/05/2018 - 15h17min

São Paulo – Em entrevista coletiva concedida na tarde desta quinta-feira (10/5), membros do Ministério Público de São Paulo e da Procuradoria-Geral do Estado deram detalhes sobre a operação deflagrada após investigação do Grupo Especial de Delitos Econômico (Gedec) do MPSP, que resultou na prisão temporária de três pessoas, entre elas Laerte Codonho, dono da marca de refrigerantes Dolly. Além dele, foram presos Julio Cesar Requena Mazzi, apontado como braço financeiro da empresa, e o ex-contador Rogério Raucci. Todos são acusados de sonegação, lavagem de dinheiro e fraude fiscal, entre outros crimes.

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Somando e atualizando valores que deixaram de ser pagos na forma de impostos ao Estado (ICMS) e à União, o grupo deve aproximadamente R$ 4 bilhões. De acordo com as investigações, as fraudes eram cometidas desde a década de 1990. Desde então, foram lavrados às empresas do grupo 65 autos de infração.Na operação, foram apreendidos 13 veículos de luxo e de colecionador, além de 3 helicópteros (foto). Uma das aeronaves estava em situação irregular junto à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e outro foi encontrado num hangar clandestino. Durante as diligências, houve ainda a apreensão de valores em espécie totalizando ao menos 4 mil libras e mais 4 mil euros.

De acordo com as informações divulgadas, foram identificadas fraudes bilionárias decorrentes de procedimentos fraudulentos, emissão de notas irregulares e uso de distribuidoras com sociedades constituídas em nome de laranjas, com o intuito de gerar créditos indevidos de impostos. As investigações continuam, inclusive com a obtenção de novas provas. A coletiva foi concedida pelo subprocurador-geral de Justiça de Políticas Criminais, Mário Sarrubbo, pelo coordenador do Centro de Apoio Operacional Criminal, Arthur Pinto de Lemos Júnior, pelos integrantes do Gedec Luís Cláudio Valente e Rodrigo Mansour Silveira, pelo procurador do Estado Cassiano Luiz Moreira e pela subprocuradora-geral do Estado, Ana Lúcia Pires.

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