Coluna Nova Petrópolis
A liberação da bebida nos estabelecimentos gastronômicos até as 23h
Sexta-feira, 22, o prefeito Regis Hahn publicou um novo decreto em que se lê o seguinte: “O consumo de bebidas alcoólicas nos estabelecimentos gastronômicos fica limitado até as 23h”. Uma alteração muito importante. Antes era permitido só no horário do almoço (11h30 às 14h) e do jantar (das 19h às 21h). Agora o frequentador que quer beber uma cerveja artesanal ou um vinho enquanto come pode escolher o horário em que acredita que há menos movimento e, assim, evitar a aglomeração e se proteger. E é bom que se diga que o limite das 23h também é muito oportuno. Desse horário em diante, o consumo de bebida alcoólica vira sinônimo de baile, festa, balada, etc. Infelizmente o momento não é propício para tais eventos.
CONTROVÉRSIA I
De resto, ficou tudo igual. A Prefeitura segue com atendimento só das 13h30 às 17h. Significa que se você, do interior, tem um compromisso no centro de manhã e também precisa ir na Prefeitura, vai ter que fazer uma segunda viagem de tarde. E depois ainda ficam dizendo que você só deve sair de casa se for “realmente necessário”. Podiam nos ajudar um pouquinho também, né… Esse é o tipo de lógica que precisa ser revista. O mesmo vale para os banheiros da Praça das Flores, que continuam fechados, mesmo com a razoável movimentação de público aos finais de semana. Com pandemia ou sem, as pessoas continuam precisando de banheiros.
CONTROVÉRSIA II
Também segue proibido o uso de provadores no comércio, inclusive para produtos como calçados. Claro… se dois clientes provarem o mesmo sapato e um deles estiver com o coronavírus, poderá haver a contaminação do outro. Mas quem compra um calçado sem prová-lo? A “solução milagrosa” é deixar o cliente levar o par de sapatos para provar em casa. Se não servir, volta na loja e troca (se precisar ir na Prefeitura, aproveita e vai de tarde!). Para começar, essa é uma alternativa que praticamente inviabiliza o comércio para turistas. Mas há um ponto mais grave. A pergunta de um milhão de reais é: onde a prova de sapato pode ser feita da forma mais segura e higiênica? Na loja, sob os cuidados e a vigilância de um funcionário preparado, ou na casa do cliente, onde este poderá proceder como bem quiser?
SEM LICITAÇÃO
No auge da estiagem, a Secretaria da Agricultura estava alugando um caminhão-pipa para transportar água potável e abastecer as localidades do interior. O aluguel desses caminhões costuma ser caro, ainda mais em tempos de seca. Logo a Prefeitura constatou que com esse valor de aluguel, valeria mais a pena comprar um caminhão. E optou-se por uma compra. Como o município está em situação de emergência por causa da estiagem, não foi preciso fazer licitação. E nem foi preciso comprar um caminhão novo. O caminhão tanque ano 2009 foi comprado no dia 19 de maio e custou R$ 120 mil. Em circunstâncias normais, o município só poderia comprar um caminhão novo, o que jamais seria possível com este valor. E essa me parece uma discussão interessante: o que vale mais a pena, a garantia do veículo novo ou uma eventual economia com a compra de um usado? Na iniciativa privada temos sempre as duas opções…
Por Francis Jonas Limberger
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