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Nova Petrópolis: produtores de leite tiveram perdas de 35% com a estiagem
Nova Petrópolis – A falta de chuva em quase todo o primeiro semestre de 2020 teve influência direta nas produções agrícolas, inclusive no leite. Com poucas chuvas desde o fim do ano passado, o pasto não é cultivado e não serve de alimento para as bovinas, que passaram a ser alimentadas quase exclusivamente por silagem.
Segundo o médico veterinário da Cooperativa Piá, Marcelo Wittmann, a alimentação das vacas foi muito comprometida e isso causou perdas na produção que se refletirá pelo resto do ano. A projeção da Piá era de um aumento de 8% a 10%, mas agora Wittmann acredita que o saldo será negativo. “O que foi colhido foi abaixo do esperado e a qualidade não é muito boa, se produziu pouco e o que foi produzido é ruim”, comentou.
A dificuldade em produzir alimentos afetou o volume de leite devido ao fato de muitos produtores terem tirando animais do plantel para alimentar melhor os que ficaram. O veterinário conta que a média foi de 35% de perdas, mas alguns produtores chegaram a perder até 60% do volume.
Compensar
O produtor Marcos Seefeld, de Nove Colônias, atualmente conta com 28 vacas leiteiras. E para que a produção de leite não fosse afetada em quantidade nem qualidade, a solução foi plantar uma área 30% maior de milho como forma de alimento. “Normalmente o que plantamos em um ano, dura até maio do ano seguinte, mas a plantação do ano passado já acabou em março”, contou Seefeld.
Com uma plantação maior e sem chuvas, a água precisou ser trazida por meio de máquinas. Ainda assim, somente o essencial foi usado, não sendo possível irrigar com abundância para garantir a excelência nos grãos. Apesar disso, o produtor garante que o leite manteve sua qualidade. Ele já se prepara para comprar milho na primavera e no próximo verão, pois apenas com sua produção não conseguirá manter a alimentação dos animais.
Matéria completa na edição impressa desta quinta-feira, 4.