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Estabelecimentos são autuados com carnes sem procedência em Santa Maria do Herval
Santa Maria do Herval – Em uma ação de rotina da Fiscalização do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio Grande do Sul com apoio do Serviço de Inspeção Municipal, sete estabelecimentos comerciais do município que possuem açougues foram autuados por não cumprirem as normas necessárias na produção de embutidos, temperados, salgados e defumados, além de embalagens abertas de carne de aves e seus miúdos.
De acordo com o órgão, outra irregularidade constatada foi a ausência de médico veterinário responsável técnico (RT) nesses locais e a falta de registro junto ao SIM – apenas um deles cumpria a determinação. Para dar continuidade às atividades, os estabelecimentos têm prazo de 30 dias para regularizar a situação e contratar um responsável técnico.
Nada foi condenado
De acordo com Giliane Klein, médica veterinária na área de produtos de origem animal no município e que acompanhou a fiscalização, o CRMV iria condenar os produtos, mas não feito. “Eu destaquei para eles que acreditava que estava assim por desinformação do pessoal, que não tinham esse conhecimento. Dessa forma, não foi feito o descarte”, disse.
O CRMV, entretanto, não cumpre o papel de apreender produtos mas, sim, fiscalizar se os estabelecimentos tem ou não um responsável técnico que, no caso, é um médico veterinário.
Apesar disso Giliane explicou que os responsáveis foram instruídos a não utilização das carnes e, se for feita uma nova fiscalização, provavelmente haverá o descarte. “Foram avisados que não podem produzir até ter o registro frente ao SIM, seguindo as normas tanto do Conselho de ter um responsável técnico, quanto as normas técnicas do município para a produção”, destacou, falando que a fiscalização informou que passarão em todos os municípios.
Ações de conscientização
Giliane destacou que, no início do ano, a Prefeitura chegou a fazer uma palestra junto à Emater para conscientizar as pessoas na produção de embutidos, temperados, ovos e tudo o que diz respeito à origem animal. “Mas com a pandemia e com a orientação de não ter aglomerações, não conseguimos mais fazer”, disse.
A veterinária destacou que, até o momento, quatro empresas estão registradas junto ao SIM e, nessas, são feitas vistorias de 15 em 15 dias. “Seguimos as normas técnicas de acordo com o Estado. Essa semana estamos nos empenhando para ver se a gente consegue diminuir um pouco o que dá, para ser mais flexível, mas priorizando a questão de saúde pública e higienização”, apontou.