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Coluna Nova Petrópolis

Garibaldi, Farroupilha, Canoas, Esteio e… Nova Petrópolis

23/06/2020 - 09h51min

Na semana passada todos os prefeitos da Serra estavam descontentes com a bandeira vermelha e todos queriam dar um jeito de voltar à cor laranja. Tentou-se de tudo. Mas o prefeito de Garibaldi, Antonio Cettolin, resolveu entrar na Justiça. E, num primeiro momento, conseguiu o resultado pretendido. Mas a decisão caiu um dia depois, na instância superior, num recurso do Estado. E, de qualquer forma, o processo tornou-se inútil depois de mais dois dias, visto que a região da Serra voltou à cor laranja pelos meios corretos do sistema de bandeiras. O que aquele prefeito fez não pegou nada bem. Em hipótese alguma o sistema de distanciamento por regiões e bandeiras pode ser judicializado, como também não pode ser alterado por meio de pressão política. Ambas as hipóteses significam o fim de um sistema que o Estado muito precisa. Nova Petrópolis fez muito bem ao não ter insistido nesse tipo de interferência. Protestou em um primeiro momento, sim, mas depois cumpriu as determinações.

FARROUPILHA E CANOAS
Pior ainda foi o constrangimento que passou o prefeito de Farroupilha, Pedro Evori Pedrozo, ontem de manhã na Rádio Gaúcha. Ele enviou uma mensagem defendendo que a Serra seja dividida em regiões menores. Isso porque em Farroupilha e nos municípios próximos, segundo o prefeito, está tudo controlado. Minutos depois o prefeito de Canoas, Luiz Carlos Busato, também enviou uma mensagem à emissora, dizendo que em seu município estão internados pacientes de Farroupilha. Quer dizer que a região está bem, mas segue contando com leitos de outros lugares. Aí não dá! A situação constrangedora só mostra que não adianta ficar insistindo nesse negócio de novas divisões, com interesses puramente circunstanciais. São tentativas individualistas de isolar lugares em que os números estão bons no momento. Existe, por exemplo, um movimento para que se crie a microrregião das Hortênsias, da qual Nova Petrópolis faria parte. Neste momento, provavelmente, a bandeira desse lugar seria amarela, pois os indicadores seguem baixos. No entanto, a secretária municipal da Saúde, Cláudia Pires, em entrevista recente à Rádio Inova FM, mostrou-se contra a redivisão. Isso porque, querendo ou não, os outros 48 municípios da macrorregião da Serra continuam subordinados à estrutura hospitalar de Caxias do Sul. É dentro dessa coletividade que as ações e estratégias devem ser pensadas.

ESTEIO
Já o prefeito de Esteio, Leonardo Pascoal, que agora está com a bandeira vermelha, fez comentários que me pareceram bem mais pertinentes. Ele reclama do indicador “estágio de evolução na região”, que tem peso de 10% na definição da cor da bandeira. Para o prefeito, este indicador penaliza os municípios e regiões que fazem mais testes. De fato, é um ponto controverso e injusto. É óbvio que um município como Nova Petrópolis, com seus 200 e poucos testes em quase 100 dias de pandemia, terá muitos menos casos positivos que um município com ampla testagem. Que sejam penalizados aqueles municípios que não testam!

Por Francis Jonas Limberger

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