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“Vencer a Covid-19 entrou para meu currículo de vida”, diz cônsul do Grêmio de Morro Reuter

06/07/2020 - 16h25min

Atualizada em 06/07/2020 - 16h49min

Alan Renz passou por dias difíceis, mas conseguiu vencer a luta contra o novo coronavírus (Cred. MELISSA COSTA)

Por Melissa Costa

Morro Reuter – Um dos moradores diagnosticado com o novo coronavírus é o cônsul do Grêmio local, Alan Renz, 40 anos. Há cerca de duas semanas, ele apresentou os primeiros sintomas e rapidamente procurou atendimento médico na rede particular de Novo Hamburgo. Alan se recuperou em casa com tratamento precoce e inicia essa semana agradecendo a todo apoio e com a boa notícia de que está recuperado. Nas redes sociais, ele fez um relato diário desde o primeiro dia com sintomas, ressaltando os momentos mais críticos e também o quanto mensagens de amigos e familiares ajudaram na recuperação.

“14 dias de muita angústia, vivendo um dia de cada vez”

“Foram 14 dias de muita angústia, vivendo um dia de cada vez, pois não sabíamos o que poderia acontecer, se o vírus iria se manifestar mais forte ou não. Foram dias de muito sofrimento, mas foram dias que nos sentimos confortados por várias mensagens de apoio, de força e agradeço de coração a todos”, disse Alan. No domingo, 21 de junho, sentiu dores de cabeça e coriza. Logo, passou a suar demais, de ser necessário a troca de roupas de cama. No dia seguinte, ele procurou atendimento e fez o exame de PCR particular. “Queria tirar a dúvida e já na terça, dia 23, o resultado foi positivo para o novo coronavírus”. Alan entrou em contato com seu grupo de convívio, família e trabalho, e com a Secretaria de Saúde. “Logo avisei todos para ficarem atentos a sintomas. Assim que suspeitei, já me isolei em casa”. A esposa Andrea fez o exame e o resultado foi negativo. O convívio em casa, então, passou a ser ainda mais restrito, tendo a residência sido “dividida”.

PIORA NA SAÚDE EM POUCO TEMPO

O suor não diminuiu e já na quarta-feira, dia 24, Alan perdeu o paladar. “Passava bem durante o dia, mas à noite ficava pior. Cada noite suava mais”. Na sexta, dia 26, a piora no quadro de saúde foi significativa, assim como aumentou o medo e preocupação. Por volta das 16 horas, a garganta começou a secar e o “peito como se tivesse algo querendo tomar conta do meu organismo. O nervosismo e desespero começou a tomar conta; foi a pior sensação do mundo, sensação de sufocamento”. Alan buscou ajuda da Unimed e uma equipe foi até sua casa de ambulância. “Fui levado ao hospital e fiquei fazendo exames até às 4 da madrugada, momento que estava me sentindo melhor e pude ir para casa”. No sábado, dia 27, Alan iniciou o tratamento com Azitromicina e Predsin. “Sentia muita sede, tomei muita água de gole em gole”. Com o passar do dia e seguindo o tratamento que era de cinco dias, ele foi melhorando. O paladar começou a voltar e a família também teve o cuidado de desinfetar toda a casa. O domingo, 5, foi último dia de isolamento. No entanto, Alan continua tomando cuidados e trabalha em casa, em home office.

“Consegui, passei por isso”

Além de agradecer todo apoio, Alan faz questão de ressaltar a importância do tratamento precoce. Logo que a equipe médica da Unimed soube dos sintomas, já receitou remédios. “Sabemos que é algo novo, mas tenho certeza que iniciar logo o tratamento ajudou”. O fato de ser algo novo, também deixou Alan mais preocupado. “Os sintomas se agravam muito rápido. Dá medo não saber o que está por vir. Mas, graças a Deus consegui, passei por isso. Vencer a Covid-19 entrou para meu currículo de vida”, completa.

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