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Em uma eleição sem Egídio, três chapas irão concorrer em Hortêncio
Hortêncio – Entre as incertezas que as eleições em meio a uma pandemia trazem, no município já há confirmações, mesmo de forma extraoficial. Em contato com as principais frentes políticas, o cenário eleitoral está bem encaminhado e apenas aguarda as convenções para ser formalizado. E neste ano o eleitor terá uma importante novidade nas urnas: pela primeira vez na história, Hortêncio terá três chapas concorrendo à majoritária.
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No dia 15 de novembro os munícipes poderão escolher entre MDB, DEM e Republicanos, a última sendo considerada a grande novidade no pleito. Pela situação, o prefeito Egídio Grohmann já havia externado publicamente seu desejo de não concorrer à reeleição. O nome mais cotado para assumir a frente foi o do vice e secretário da Educação, Cândido Koch, no entanto, ele preferiu se abster da possibilidade durante os encontros do partido.
Na oportunidade, o então secretário de Saúde, Alceu Engeroff, foi convidado a ser candidato a prefeito, tendo como vice o vereador Olavo Spaniol. Engeroff se afastou do cargo e aceitou o desafio.
Ineditismo na oposição
Historicamente a principal oposição do MDB, o DEM também se articulou para lançar os nomes do ex-prefeito Leonardo Arnhold, para o posto de chefe do Executivo, tendo a presidente da Câmara, Ester Koch, como vice na chapa. A surpresa, no entanto, será a representatividade do Republicanos. Dois nomes que nunca concorreram a cargos eletivos deverão ser escolhidos para tentar quebrar o ciclo histórico da política municipal: Sargento Sérgio Ribeiro e Jorge Curtinaz, como prefeito e vice respectivamente. Ambos representantes das forças policiais.
Confira o que pensam os virtuais candidatos
Pela situação, Alceu Engeroff destaca que com as desistências de Egídio e Cândido, percebeu a possibilidade de dar segmento ao trabalho do partido. O pré-candidato avalia como “saudável” Hortêncio contar com três frentes partidárias. “Não vejo problema. É como ir às compras: o eleitor terá a chance de fazer o seu comparativo e escolher o que lhe melhor convir”, refletiu. Já Olavo Spaniol comentou sobre as limitações impostas pelo coronavírus no cenário eleitoral. “É difícil termos de lidar com a falta do corpo a corpo. Como se trata de uma eleição curta, de repente até lá ocorra uma flexibilização”.
Vice-prefeito nas duas gestões de Clóvis Schaeffer (2008-12 / 2012-16), Leonardo Arnhold assumiu a Prefeitura em 2014 com o falecimento do chefe do Executivo. Novamente ele tenta alcançar o posto. Arnhold vê dificuldades em fazer a campanha com a pandemia. “Será um cenário diferente. Entendemos que haverá o receio de nos receber nas casas. Mas as pessoas nos conhecem e vão muito pelo partido. Facilita um pouco”. Ester avalia que será bom para a comunidade ter mais frentes políticas, e reflete sobre a influência do coronavírus: “Não vejo problemas. As pessoas de mais idade sabem em quem votar. Os demais, são ativos nas redes sociais”.
Considerada a novidade do pleito, a palavra de ordem do Republicanos é inovação. O Sargento Ribeiro ressalta a necessidade de apostar em novas caras e conhecimento técnico para a gestão municipal. “Estão faltando ideias novas no Executivo. Há muito tempo as gestões trabalham de forma similar”. Jorge Curtinaz não vê empecilhos em participar de um pleito limitado pela pandemia. “Hoje temos internet e aplicativos que facilmente nos permite entrar nas casas. Às vezes até é bom limitar comícios, para evitar o discurso vazio”.