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Aulas presenciais no Estado podem retornar já na próxima segunda-feira
Estado – Precisamente 94,5% dos chefes do Executivo dos municípios do Rio Grande do Sul são contra a volta das aulas presenciais, segundo pesquisa recente realizada pela Famurs. Ou seja, esta questão é quase unânime, e vai na contramão do que o governo do Estado propõe: um regresso dos alunos baseado em fases.
A proposta do governador Eduardo Leite é que, primeiro, retornem os alunos da Educação Infantil, tanto para a rede pública como para o ensino privado, já na próxima segunda-feira, 31. Depois, o Ensino Superior, em 14 de setembro, e no dia 21, no Ensino Médio e Técnico. Em 28 de setembro, voltariam os anos finais do Ensino Fundamental, e em 8 de outubro, os anos iniciais.
Enquanto a ideia do retorno sem uma vacina para a Covid-19 é vista com relativa desconfiança pelos prefeitos, o governo quer o diálogo. “Estamos trabalhando de maneira incansável para oferecer alternativas aos alunos, professores e familiares com segurança”, afirma o secretário de Educação, Faisal Karam, em entrevista ao Diário.
“Estamos trabalhando de maneira incansável para oferecer alternativas aos alunos, professores e familiares com segurança”
De acordo com ele, o ano não é “perdido” no Rio Grande do Sul. Faisal lista, por exemplo, aulas programadas já iniciadas no primeiro dia de suspensão das classes, cursos para professores, entregas de kits de alimentação e aulas remotas desde 1º de junho. “A pandemia acelerou processos que já estavam em curso para implantação de recursos tecnológicos na rede estadual”.
Na região, o contingente somente na rede estadual pública gira em torno de 7.500 alunos, conforme dados de 2017 da mesma Secretaria de Educação, e não contando os docentes, coordenadores e demais funcionários. De lá para cá, pouca coisa mudou de maneira relativa, mas os dados demonstram o universo de pessoas impactadas por esta longa paralisação presencial.
Nesta terça-feira deve haver nova reunião entre a Famurs e o governo para tratar da retomada. Nos encontros anteriores, o Executivo estadual procurou deixar claro que a decisão é facultativa entre os gestores municipais, escolas e pais. “As ações têm o objetivo de preservar a vida de alunos e professores, e manter o vínculo pedagógico entre estudantes e educadores”.