Destaques
Média móvel mostra queda nos novos casos de Covid-19 na região
Região – À medida que a Encosta da Serra avança no número de casos confirmados de Covid-19, a média móvel, outro importante índice para medir a velocidade da doença, está caindo. Esta média é uma medida matemática aceitável por quem acompanha a evolução do coronavírus, pois considera os casos atuais com os de 14 dias atrás.
Esta diferença decorre do período em que se considera que o vírus permanece no corpo humano antes de apresentar sintomas. A média móvel é a mesma medida utilizada por veículos de comunicação de projeção nacional e internacional, e começou a ser adotada pelo Diário desde o começo de agosto, porém com dados retroativos desde março, quando a pandemia começou.
Em termos práticos, a média móvel calcula a diferença de novos casos dos últimos sete dias, soma estes números e divide por sete. Este resultado na quarta-feira, 2, era de 23,7, parecido com o verificado no começo de julho. É 47,6% menor do que o resultado do dia 19 de agosto, quando havia sido de 45,3.
Acompanhe a evolução dos casos de Covid-19 na Encosta da Serra
Atenção às porcentagens: quando a diferença é de 15% ou mais, os casos de Covid-19 vêm subindo. Variações até 15% significam doença estável, e menos de 15% negativos (-15%), os casos estão caindo, e é exatamente o que vem acontecendo nos últimos dias. Segundo o levantamento do Diário, desde 26 de agosto a diferença tem permanecido abaixo do nível dos -15%.
Os números são coletados nos próprios boletins epidemiológicos das Prefeituras publicados em sites e redes sociais. Percebe-se que, tanto nesta semana quanto na anterior, o número de novos casos diários vem oscilando entre 25 e 40. É menos do que, por exemplo, há duas semanas, quando houve de 50 a quase 90 novos casos por dia, na soma dos onze municípios.
Na visão do professor da Universidade Feevale e presidente da Sociedade Brasileira de Virologia (SBV), o infectologista Fernando Spilki, deve haver cuidado nesta comparação. “Há uma tendência de queda na região por estes dados. Claro que sempre devemos ter cautela pela possibilidade de atrasos na notificação e até possíveis reemergências em virtude das flexibilizações”, diz ele.