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Produtores de Ivoti na expectativa para a conquista do selo orgânico

22/09/2020 - 15h11min

Produtores vendem seus produtos direto ao consumidor (FOTO: ISAÍAS RHEINHEIMER)

Ivoti – Os produtores rurais Guido Arnhold, da 48 Alta, e Protásio Führ, da Picada Feijão, são alguns dos colonos ivotienses que aguardam a conquista do “selo orgânico” para agregar valor e importância às verduras e legumes que vendem na Feira do Produtor às terças, quintas e sábados. Há dois anos, eles deram início aos trâmites para regularizar o processo que vai desde a escolha das sementes até a colheita, passando pela forma como lidam com a terra. A Emater auxilia os colonos neste processo.

Guido conta que daquilo que planta, seu maior interesse é obter o certificado de produto orgânico para feijão. Há um motivo por trás desse desejo: ele fornece o alimento às creches de Ivoti. “Tem uma lei que obriga que um percentual do alimento seja orgânico”, justifica. Já Protásio quer ver suas verduras com o selo. “Desde o início já tenho os cuidados para ter um produto orgânico, com qualidade. Agora, falta o selo para eu poder anunciar”, colocou.

Para Guido e Protásio, a conquista do certificado, que é dado pelo Ministério da Agricultura, com auditoria, será importante para os negócios. “Isso valoriza o produto”, argumenta o agricultor da Picada Feijão. A expectativa é de que recebam ainda em 2020 o certificado. A projeção era de conquistar o selo ainda no primeiro semestre do ano, contudo, a chegada da pandemia atrasou os planos.

34 ANOS DE FEIRA

Surpresa: advogada Marta Heck conheceu feira no último sábado

A Feira do Produtor funciona desde 2005 na rua Bento Gonçalves, próximo à escola Mathias Schütz. No último sábado, além dos clientes que “batem ponto” na feirinha, os produtores conquistaram uma nova cliente. A advogada Marta Heck, 50 anos, estava passando pela rua, a caminho do mercado, quando percebeu a feira. Decidiu parar para conferir e acabou saindo com uma sacola cheia de produtos direto do produtor.

Marta conta que, embora seja moradora de Ivoti, do bairro Cidade Nova, essa foi a primeira vez que adquiriu produtos na feira. “Para mim, foi uma surpresa. É a primeira vez que compro aqui, não sabia que existia este espaço”, afirma. A advogada torce para que a feira cresça e continue. “É bom para o produtor, que tem espaço para vender, e ótimo para o consumidor, que assim consegue saber a origem daquilo que come”, pondera.

VENDAS

Embora esteja desde 2005 ocupando o espaço criado na rua Bento Gonçalves, a Feira do Produtor existe desde a década de 80. “Eu e o pai fomos uns dos primeiros a expor os produtos na feira, quando ela começou, em 1986. Já foi ali na praça em frente à Prefeitura, no ginásio municipal, e agora aqui”, conta Protásio Führ.

Segundo os expositores, o fluxo de clientes é bastante variável, mas mantém certa consistência. A pandemia de coronavírus afetou relativamente os negócios, embora os colonos tenham permanecido apenas uma semana com o espaço fechado. “Mas, aos poucos, as coisas estão voltando como era antes”, afirmou Guido.

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