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O que combina com um dia de chuva no interior de Herval? Fazer torresmo!
Por Cleiton Zimer
Santa Maria do Herval – Sim, é dia de matança, fazer linguiça, torresmo. Afinal de contas quando chove a maioria das lidas na roça não pode ser executada então, nesses dias, a família se reúne para abater um porco ou até mesmo um boi e assim garantir o sustento para mais alguns meses.
Nesse sábado, 3, uma família no interior da localidade de Padre Eterno Baixo está fazendo justamente isso. Começaram cedo, claro. Depois da parte inicial ser feita agora cabe dedicar tempo às tarefas mais minuciosas que de certa forma demandam mais tempo e, também, paciência, como ficar sentado na frente do tacho, que está em cima do fogo, para volta e meia dar “aquela mexida” na gordura que, depois, vai resultar no torresmo e várias latas de banha para o ano inteiro – um luxo sem igual.
Mas não é só isso, tem muitas outras coisas a serem feitas; ou então, tomar um chimarrão observando as labaredas de fogo e jogar conversa fora.
Detalhe importante é que a família não produz para industrializar, somente para consumo próprio – mesmo assim de forma legalizada. O conhecimento para criar animais, alimentá-los, abatê-los, conservar a carne e os demais derivados vem através de heranças que foram passadas de geração em geração e, ainda, se mantem firme.
Ah, o resultado final do torresmo, depois que a gordura é retirada através de um processo de pressão com uma ferramenta específica é esse aí, logo abaixo. No interior é chamado de “Griva Kuhe”, na língua Hunsrik.