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O que ocorreu com Marcel em 2014 pode servir de exemplo aos candidatos em Dois Irmãos

07/10/2020 - 08h18min

Por

Mauri Marcelo Toni Dandel

CAMPANHA DEFINE ELEIÇÃO?

A eleição se define na campanha. E o eleitor se decide pela emoção, portanto, todos os cinco candidatos a prefeito têm chance e a campanha pode ser decisiva. Há quem discorde desta afirmação feita na semana passada. Um leitor comentou que Bolsonaro não venceu a eleição na campanha. Concordo que há candidatos que entram na campanha com a eleição ganha, mas discordo que foi assim com Bolsonaro. O que todo mundo dizia em 2016? Que ele estava no teto e que não passaria de 22%. E que iria começar a cair. Mas aconteceu o contrário e quase deu 1º turno. E isso tudo ocorreu na campanha.

MARCEL

Então, anota uma coisa aí: eleição se define na campanha. Na imensa maioria delas.  Em 2018, com Marcel, foi o contrário. E isso aí sim, não foi só na campanha, o Marcel foi construindo isso ao longo de quatro anos e chegou eleito em 2018. Porém, na eleição de 2014 foi diferente. Lá, foi, sim, na campanha que o Marcel deixou de ser um anônimo e se tornou aquele fenômeno.

ALÔ VEREADOR!

Aliás, o ocorrido com Marcel em 2014 comprova esta teoria de que é na campanha que tu ganha ou perde uma eleição. E serve de inspiração para quem for candidato a vereador neste ano. Anota a lição aí…

Em 2014, Marcel era um anônimo, que concorria pela terceira vez a deputado. Nas anteriores, tinha ido mal. Aliás, por ser daqui, uma cidade que não tinha tradição em eleger deputados, ele até que tinha ido bem. Mas não tinha ficado nem perto da suplência.

“Não enrola, conta o que aconteceu?”, você deve estar perguntando. Vamos lá: em 2014, Marcel esteve aqui no jornal e, literalmente, “cantou a pedra” do que poderia acontecer. Se não me engano estava o Benete junto. Duas semanas depois, ele capitalizou e capilarizou aquele episódio com a Maria do Rosário em Porto Alegre. Ele pegou aquele fato e tornou-o relevante, então, saiu do anonimato, as pessoas foram buscar na internet informações sobre ele, gostaram do discurso anti-esquerda e votaram nele. Sim, pode soar como flauta, mas acredito que a Maria do Rosário cruzou a bola para o Marcel marcar o gol, naquela cena do megafone.

– Então, meu amigo, sei que daqui a 15 ou 20 dias eu vou dizer o contrário. Sei que, se nenhum fato relevante ocorrer, vamos escrever aqui que a eleição tem um ou dois favoritos. Mas, hoje, todos têm chance. Qualquer um dos cinco pode vencer. Você vai dizer: “está puxando o saco, não quer confusão”. Não, estou sendo realista.

Qualquer um pode vencer (inclusive um candidato a vereador desacreditado), basta encontrar o fato como o Marcel em 2014 ou a Tânia em 2012. Ou como o Miguel capilarizou o episódio quando a Câmara quis atolar aquele reajuste salarial no Carnaval de 2008. Há um exemplo do Tarcísio, do PT, que também ilustra isso, mas deixamos para outro dia.

Por fim, mudando de assunto, pedimos aos partidos que enviem a lista de candidatos ao Diário com o bairro onde residem cada candidato.

E agora, a mensagem positiva do dia: “Conhecimento é o saber. E sabedoria é saber, saber o que fazer com o que você sabe”. No mais, ‘ótima sexta-feira’ a todos, desfrute, não se acabe trabalhando e não se afogue em problemas! Ou melhor, vem feriadão aí, de novo, então, “ótima segunda” pra você!

 

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