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Sabe o que aumentou 22% na pandemia? Veja os reflexos em Dois Irmãos
Por
Mauri Marcelo Toni Dandel
SE QUISER
Acredite, se quiser, mas falta um mês para a eleição. E parece que a campanha nem começou. A pergunta que se faz é: continuaremos com cinco candidatos até o dia 15 de novembro? Sim? Não? Há motivos para trocar?
ALHOS COM BUGALHOS
– Não sei se esta informação é importante para ti, mas achei curiosa: o tijolo ficou 22% mais caro neste ano. Ou seja, a gente se preocupou com os 120% do reajuste do arroz e esqueceu o tijolo. Você deve estar pensando: “Mas o que isso significa?”
– Nada.
– Ou melhor: pandemia = tempo a toa em casa = obra. Concorda?
– Ou seja, o cara ficou tanto tempo em casa que viu o quanto precisava de uma obrinha aqui, uma reforminha ali. Ou melhor, estava tanto tempo em casa que não teve mais desculpas para dar para a esposa, à mãe, aos filhos e teve que fazer a obra que adiava alegando falta de tempo.
PUXADINHO
Sabe como é, brasileiro adora fazer um puxadinho. Então, como todo mundo amargou pelo menos meio ano em casa, sem poder sair, viajar pra Europa, ir a restaurantes, praia, serra, passagem aérea, banho de rio ou visitar os parentes no interior (nem pra trazer carne e queijo), eis o resultado: sobrou dinheiro. E aí, é óbvio, vai usar na construção civil.
– É a demanda reprimida. Aí você pergunta: “O que isso significa?” Que nem todo mundo foi demitido, nem todo mundo teve redução salarial e que tinha gente com grana no bolso pra torrar a hora que fosse possível.
– Mais um exemplo?
– Por falar nisso, uma grande empresa daqui vendeu como água – pela internet – durante a pandemia, mas não pode aumentar tanto quanto precisava a produção. Sabe por quê? Faltou matéria prima para ela produzir.
– Outra empresa está com 15 obras paradas. Sabe por quê? Porque falta aço. Isso que você leu. Aço. Não tem como continuar a obra porque não tem a matéria prima chamada aço.
– E quanto tiver aço, tiver espuma e tiver tudo que está faltando, é capaz de faltar energia elétrica. Enfim, alguma coisa vai faltar por conta do #fique em casa. E para quem é do politicamente correto e já está chiando com a coluna, lamento informar: não sei se você sabe, mas em casa não se produz nada, a não ser filhos!
– Praias cheias, políticos nas capitais abraçando todo mundo na campanha, Globo chamando pra ser mesário em vez do #fique em casa…
– Aí, agora, sete meses depois do início do terrorismo, vem um economista na maior TV do Brasil e diz: “a classe média juntou dinheiro nesta crise”. “Ah vá, serio?”
– Nada como um dia após o outro! O coronavírus é coisa séria? É. Morreu gente? Morreu. Vai continuar morrendo? Infelizmente, sim. Mas convenhamos, algumas coisas não fazem sentido!
– Agora, falando sério. A informação sobre a alta do tijolo mostra que aumentou a demanda, o que significa que já está bombando a construção civil e que em 2021 a coisa vai! Agora vai!
– Amanhã falaremos mais deste assunto, por hoje, finalizamos com a mensagem positiva do dia antes que me puxem a orelha, com razão, porque a coluna está longa demais e não cabe na página: “O tempo que você gasta fazendo contas deveria estar usando essa mesma energia para criar novas receitas. O tempo que você gasta remoendo ‘coisas’ e ficando parado, estagnado, este tempo poderia ser usado para criar novas ideias para andar pra frente”.