Coluna Nova Petrópolis
Nova Petrópolis: dinheiro em caixa, cordialidade, dois mandatos e os foguetes na virada
Raul Petry –[email protected]
EM CAIXA
Em sua participação na solenidade de posse, no dia 1º, o prefeito Lelo anunciou que estava deixando R$ 13 milhões em caixa, “ou mais”. Segundo ele, R$ 5 milhões estão livres e inclusive poderiam ser aplicados em obras ou outros investimentos. Outros R$ 5 milhões estariam carimbados para a saúde, e aí imagina-se que seja dinheiro recebido durante a pandemia. O resto estaria também vinculado a áreas como a educação, assistência social, etc. Como tudo é novidade para quem assume e leva um bom tempo até que se fique a par das finanças, de parte da nova administração ninguém comentou o assunto por enquanto.
CORDIALIDADE
PP e PSDB, o primeiro partido entregando o poder e o segundo, assumindo, já tiveram diferenças mais acirradas em Nova Petrópolis. É claro que essa rivalidade tinha nome e sobrenome: Lui Schenkel. Entre Lelo e Darlei, o clima é de cordialidade recíproca. Darlei e Martim inclusive destacaram e agradeceram Lelo pela forma como aconteceu o processo de transição do governo.
DOIS MANDATOS
Há um consenso de que o primeiro mandato de Lelo foi melhor do que o segundo. O próprio PP deve concordar com essa avaliação. E não tem nada de extraordinário nisso. Essa é, aliás, uma “regra de ouro” da política brasileira. Ouro este que não tem nada assim tão brilhante e reluzente. É que no primeiro mandato os políticos assumem com o pensamento da reeleição, o que não acontece quatro anos depois. De certa forma, o PDT fez um erro de avaliação ao embarcar no governo em 2016. Além dessa queda natural na motivação que vem de dentro do gabinete, houve o azar da pandemia e ainda os problemas de saúde do prefeito.
PARA COMPLETAR
Para completar, o governo resolveu apostar num financiamento de R$ 14 milhões poucos meses antes da eleição. Foi feito tudo tão às pressas que teve secretário municipal sabendo da novidade pelo Diário. Dá para acreditar? Nas urnas o efeito foi o contrário do pretendido. As comunidades beneficiadas com asfalto não reverteram votos.
TRÊS MORTES
No dia 30 de dezembro aconteceu algo inédito em Nova Petrópolis desde que começou a pandemia: duas mortes no mesmo dia. Dois idosos e que estavam hospitalizados. O fato de que eram idosos e com problemas de saúde é importante apenas para que se tenha uma ideia de quem morreu. De jovem ou de idoso, cada vida perdida é uma grande lástima. Ainda mais em Nova Petrópolis, onde a longevidade é uma realidade e a terceira e quarta idade são caracterizadas pela boa qualidade de vida. No dia 31 houve mais uma morte, totalizando sete no município.
FOGUETES
A virada de ano teve poucos estouros de foguetes aqui na cidade. As pessoas tiveram a consciência de que o momento é de menos comemorações e mais de reflexões. Além disso, por mais otimista que se possa estar com relação ao ano novo, na casa do lado pode ter alguém lamentando o momento. Definitivamente, não pareceu haver clima para foguetes. E aí ainda entra a nova legislação do Estado, que proíbe os foguetes com barulho. A parte mais fácil está feita, que é colocar no papel. Agora fiscalizar uma noite como a do Reveillon e punir quem solta foguetes, com flagrante e provas, já é outros quinhentos. Sem a boa vontade das pessoas, essa lei e nada são a mesma coisa.