Coluna Estância Velha
Estância Velha: há motivos para se ter esperança na nova gestão?
Por Lucas Woleck
NOVA GESTÃO
Sei que este assunto esteve muito em pauta durante semana passada, mas sendo essa minha primeira coluna do ano, não poderia deixar passar batido e não falar sobre as posses e primeiras impressões desta nova gestão. A cerimônia de posse em si já foi algo muito comentado, por conta do tempo que durou, já que em outros municípios da região o evento foi muito mais breve e sucinto. Referente a esta situação, não pude estar presente por motivos de saúde, por isso apenas reproduzo o que ouvi comentarem. Porém creio que o mais importante do que a duração do evento, seja o que de fato ocorreu nele. Não quero parecer que esteja tomando partido nem nada do gênero, apenas dando a minha opinião, mas a impressão que tive ao assistir a transmissão, a ideia que pareceu a mim que tentou ser transmitida no discurso de posse de Diego, foi de trazer um ar esperançoso à cidade novamente.
FALSAS ESPERANÇAS?
Bom, eu acredito que mudanças em governos têm uma tendência a trazerem este tipo de sentimento, algumas mais e outras menos, mas principalmente levando em conta o estado que a comunidade estanciense se encontrava, extremamente insatisfeita com a antiga administração. Contudo, durante esta primeira semana de serviço dos novos gestores, pude perceber que o pessoal está com sangue nos olhos, querendo mostrar serviço, como dizem. Eu confesso até que esperava uma arrancada mais lenta, por conta da adaptação e organização, que de fato demora um tempo. E não acho que os trabalhos já estejam andando com 100% de fluidez (pelo menos por enquanto), o que é bem normal e aceitável, mas realmente com um começo desses… chega a dar esperança mesmo. Que não sejam falsas esperanças!
ADAPTAR E APRIMORAR
Durante esta semana também, tive a oportunidade de conversar com o novo vice-prefeito e secretário de Obras, Airton Haag. Antes de iniciarmos a entrevista, Haag deu uma recomendação a um de seus funcionários sobre um procedimento em questão, em que ele disse “o que está bom, segue, e o que não está, vamos melhorar”, frase essa que ele acabou repetindo a mim em nossa entrevista. Esta atitude me chamou a atenção, não só por partir de uma perspectiva madura, reconhecendo também os acertos de seus antecessores e assumindo uma postura, não de apenas criticar o que estava errado, mas de tentar construir algo melhor em cima. Eu creio que esse seja o caminho a ser tomado. Além disso, gostaria de aproveitar e agradecer ao vice e secretário. Quando visitei o departamento, pude ver a correria em que estava, por ainda estarem se adaptando, por isso agradeço a atenção que foi dada, não só a mim como a nossa equipe do Diário de Estância Velha nesta semana.
OPOSIÇÃO
Por fim, como foi citado em coluna(s) na última semana, concordo com a ideia de que é, praticamente impossível e quase utópico acreditar que um governo atuará completamente de forma homogênea, sem oposição. Mais que isso, acho essa ideia um pouco quadrada, já que as divergências entre situação e oposição são o que é preciso para chegar em senso comum, que seja de agrado da maioria da população. Uma administração boa, ao meu ver, talvez não seja a que não tem uma oposição, mas a que sabe ouvir e lidar com as críticas, buscando construir uma cidade melhor.