Coluna Nova Petrópolis
Nova Petrópolis: só agora, bandeira preta, roçada BR116 e os plátanos
Raul Petry – [email protected]
SÓ AGORA
É sensato concordar que este é o momento mais grave da pandemia até aqui, e não lá atrás, quando o governador Eduardo Leite chorou na frente das câmeras. Também é lógico que o Carnaval gerou verdadeiros descalabros em termos de aglomerações, principalmente no Litoral. São dois aspectos que ajudam a justificar a bandeira preta. Mas não dá para engolir essa história de que tudo está sendo fechado agora por causa das farras do Carnaval. O feriadão foi até terça-feira e de quarta em diante os casos de Covid-19 dispararam? É isso? Claro que não! Se agora a situação está tão grave, é evidente que na véspera do Carnaval também já estava. Por que não fecharam tudo no dia 12? A que setores da economia interessam as festanças de Carnaval? Mas é claro que isso não iria acontecer. Quem tem o emprego e o salário garantidos queria ponto facultativo para poder aproveitar a folga no Carnaval. Aí agora esses mesmos cidadãos são os que não se importam com a bandeira preta. Os médios e pequenos empresários, que não têm culpa nenhuma pelo agravamento da pandemia, são os que novamente irão pagar a conta.
BANDEIRA PRETA
Hoje sai a definição do Estado e saberemos se a região da Serra segue com bandeira preta, ou não. É difícil imaginar alguma reversão. Mas também é difícil imaginar uma cidade como Nova Petrópolis fechando quase tudo, mesmo que por uma semana.
ROÇADA NA BR-116
Quem andou pela BR-116 neste fim de semana, no trecho entre Nova Petrópolis e Picada Café, se surpreendeu com a roçada que foi feita pelo Dnit nos últimos dias. Até parece que a rodovia ficou mais larga. As fotos que mostram a máquina que fez a roçada também impressionam. O resultado é um serviço de primeira. Dá para falar tranquilamente que essa foi a melhor roçada já feita nesse trecho da BR. Esse é um fato ainda mais notável em se tratando de Dnit. Foi muito bem desta vez.
FOI MUITO BEM
Além da excelente roçada, que cortou galhos a 10 metros de altura, é preciso destacar também a qualidade dos acabamentos. Nos lugares em que a máquina já passou, não ficou um único galho atirado nas laterais da pista. Toda a sujeira foi recolhida e levada embora, o que é quase inacreditável.
SEM TOCAR NOS PLÁTANOS
Outro detalhe absolutamente importante é que essa roçada preservou os plátanos que embelezam a BR-116. Essas árvores são um patrimônio turístico da nossa região, fruto de um trabalho iniciado há muitos anos. Merecem todos os cuidados possíveis e, para isso, contamos com o protagonismo da Rota Romântica, entidade responsável pelo plantio dos plátanos. O máximo que se pode pensar é o corte de um ou outro galho. Mas de forma bem estudada e direcionada. Nem se pode pensar na possibilidade de um corte geral e indiscriminado, como está acontecendo com o resto da vegetação.