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Nova Petrópolis: faleceu o professor Antonio Sidekum
Nova Petrópolis – Morreu na noite de ontem, 25, o professor e filósofo Antonio Sidekum, aos 73 anos. Ele foi vítima de um infarto. Seu velório ocorreu às 6 horas desta manhã, na Igreja Católica de Nova Harmonia. A cerimônia de despedida foi às 10 horas e, em seguida, o sepultamento foi realizado no Cemitério Católico de Nova Harmonia.
Antonio era referência sobre direitos humanos na América Latina. Ele era formado em filosofia pela Universidade de Bremen, na Alemanha e pós-doutor pela universidade de Leipzig, também na Alemanha, e pela The Catholic University of America, nos Estados Unidos. Também foi professor emérito na Unisinos e professor visitante e pesquisador na Universidad Centroamericana, de San Salvador, em El Salvador, e da Universidade Federal Fluminense, em Volta Redonda, no Rio de Janeiro. Possuía também inúmeras outras formações e especialidades.
Em 2002, ele fundou a Editora Nova Harmonia, com sede na Linha Imperial. Por ela, foram lançados livros com mais de 60 autores, inclusive dele mesmo. Entre suas obras, está a Enciclopédia Latino-Americana dos Direitos Humanos, que reúne experiências, conceitos e teorias que enfrentam a problemática dos direitos humanos na realidade histórica latino-americana. A obra foi lançada em 2016, junto com os autores Antônio Carlos Wolkmer e Samuel Manica Radaelli. Lançou também mais de 10 livros e traduziu mais de 30 obras em francês, alemão e castelhano.
Homenagens
A partida do professor Sidekum rendeu muitas homenagens de amigos e instituições. O Curso de Filosofia da Unisinos, onde foi professor entre 1976 e 2002, emitiu uma nota destacando sua contribuição para o progresso da ciência e desenvolvimento da filosofia dentro da universidade, impactando positivamente onde atuou.
O teólogo Martin Dreher falou sobre a perda do colega, que também estudou teologia, pois foi criado em lar católico-romano. Segundo Dreher, Sidekum era estimado por alunos e colegas e que seu currículo refletia o respeito que lhe era dado no Brasil e no mundo. “As marcas da tortura sofrida nas mãos da Ditadura Militar marcaram-no. […] Apesar do reconhecimento que recebeu, manteve-se humilde e piedoso, publicando nos últimos anos, com Iria Hauenstein, livros dedicados à celebração do Natal”, escreveu.
Em 2018, ele e Nova Harmonia, foram homenageados na Câmara de Vereadores por indicação dos vereadores Jerônimo Pinto e Oraci de Freitas.