Moradores têm casa invadida pela água cada vez que chove em Nova Petrópolis

Nova Petrópolis – Bastou uma chuva de cerca de 10 minutos, por volta das 15 horas desta segunda-feira, 1º, para que a água começasse a invadir a casa de Seu Atanásio e Dona Maria Gürthler, de 78 e 71 anos, respectivamente. Eles são moradores da Av. Três de Maio, no ponto mais baixo da rua, desta forma, a água que desce por ambos os lados, se acumula em frente à residência, entra no pátio e, em minutos, está na porta da casa.

Marcas na parede mostram onde a água chegou (Créd.: Dário Gonçalves)

As marcas na parede mostram que a chuva fraca desta tarde alcançou cerca de 20 centímetros de altura na parede da garagem, o suficiente para entrar em casa. Para minimizar o problema que, segundo eles, ocorre desde a época que Lui Schenkel era prefeito, eles fizeram uma barreira de madeira na porta da garagem e colocaram uma vedação na porta de entrada. Ainda assim, a água consegue ultrapassar. “Na primeira vez que isso aconteceu, há mais de 10 anos, fomos reclamar na Prefeitura e nos disseram que só o que poderiam fazer era rezar para São Pedro não mandar mais chuva”, conta Dona Maria.

O casal possui uma fábrica de chocolates em casa e já tiveram, de uma única vez, um prejuízo superior a R$ 10 mil em produtos e maquinários atingidos pela água. “Nós já pensamos em nos mudar, mas é complicado instalar a fábrica em outro local”, complementa Dona Maria.

Água ficou sobre toda a extensão da rua (Créd.: Dário Gonçalves)

Carros dão um banho

Não é somente a água que sobe que é o problema. Tudo o que fica acumulado na pista, acaba virando um problema maior quando passam os carros, em especial os de maior porte. Ao atravessarem pela “piscina”, jogam água para todos os lados, principalmente em direção à residência do casal. “Já pensamos em abrir um balneário por aqui e oferecer para as pessoas tomarem banho”, ironiza Seu Atanásio.

Carros dão banho em quem estiver passando pelo local (Créd.: Dário Gonçalves)

Ele conta também que o acúmulo de água se intensificou desde que a rua Tiradentes foi asfaltada – a mesma que um morador arrancou o asfalto com as mãos pela má qualidade. A rua Tiradentes termina na Av. Três de Maio, e a água que desce por ela, vem para a avenida e, consequentemente, se acumula em frente à casa. “Quando a Tiradentes ainda era de chão, o solo filtrava a água, mas agora ela escorre toda para cá”, finaliza.