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“Esperamos poder unir nossas ações em prol das pessoas com autismo”, fala Marliese Godoflite sobre TEAcolhe
Ivoti/Estado – O Governo do Estado anunciou recentemente a criação do TEAcolhe, um programa destinado a atender especialmente pessoas que possuem Transtorno do Espectro Autista. A iniciativa é uma forma de oferecer uma estrutura de apoio e acolhimento aos portadores da deficiência e aos seus familiares.
Para a realização dos atendimentos, a ideia é criar 30 Centros Regionais de Referência (CRR), destinados ao atendimento dos casos severos, graves e refratários da região, definidos por protocolo previamente estabelecido; e sete Centros Macrorregionais de Referência (CMR), que deverão servir como apoio assistencial às redes municipais de saúde, de educação e de assistência social no atendimento às pessoas com autismo e suas famílias.
Marliese Godoflite é presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência (CMDPD) de Ivoti e diretora da Apae do município. Ela comenta que o desenvolvimento de um projeto como este é de extrema importância para que ocorram avanços na forma como ocorre o tratamento das pessoas com autismo. Conforme ela salienta, a organização do programa foi baseada em estudos científicos feitos em outros países que reforçam sua relevância.
“Estamos ansiosos para saber quais serão as orientações para os municípios. Esperamos, enquanto Apae, que possamos unir nossas ações em prol das pessoas com transtorno do espectro do autismo”.
Capacitação e acolhimento
Além de buscar sensibilizar a sociedade quanto à inclusão da pessoa com autismo, o TEAcolhe também atuará qualificando profissionais de diferentes áreas de atendimento relacionadas ao autismo e tornando mais acessível o atendimento multiprofissional integrado e qualificado à pessoa com autismo e à sua família.
“A capacitação sobre o desenvolvimento infantil, desenvolvimento social, de linguagem é fundamental”, aponta Marliese, destacando que, em muitos casos, as mães percebem “algo diferente” no filho, e mesmo procurando a ajuda de profissionais da saúde e da educação, nem mesmo eles conseguem dar um auxílio de forma plena, por falta de preparo.
“A intervenção precoce é importantíssima neste olhar para esta criança que possa estar apresentando comportamentos não esperados para a sua idade. Precisamos nos qualificar sempre!”.
As ações que estão previstas para ser desenvolvidas poderão ser executadas, com prioridade, pelos serviços públicos já existentes ou ainda, de forma complementar, por instituições privadas que possuam experiência no atendimento às pessoas com autismo e suas famílias, mas sempre buscando haver seguimento das diretrizes do Sistema Único de Saúde, do Sistema Único de Assistência Social e do Sistema Nacional de Educação.