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Jovem empreendedor da Marcondes conquista três prêmios na Expointer

11/10/2021 - 19h39min

William conquistou dois prêmios de Grande Campeã e uma reservada; na foto ele com seu tio Darci (Créd: Cleiton Zimer)

Por Cleiton Zimer

Gramado / S. M. do HervalA paixão pela agricultura e pelos animais está no sangue de William Eduardo Ponath, 25 anos, que cria cado zebuíno há 11 anos na Cabanha das Hortênsias, fundada por ele na localidade de Linha Marcondes Alta, na divisa de Gramado com Santa Maria do Herval.

E neste ano a dedicação do jovem na busca constante por aperfeiçoamento foi reconhecida em três premiações na 44ª Expointer, cuja definição é realizada através de um corpo de jurados que avalia o padrão racial levando em conta critérios como a morfologia e genética dos animais.

Foram dois prêmios com a raça Gir de Dupla Aptidão, onde a vaca Cleópatra se sagrou grande campeã e a Harpa ficou como reservada campeã (vice). O outro título de grande campeã veio através da raça InduBrasil, com a vaca Soberana.

Grande Campeã da raça Gir. Nome da vaca: Cleópatra (FOTO: Cleiton Zimer)

Grande Campeã da raça InduBrasil. Nome da vaca: Soberana (FOTO: Cleiton Zimer)

Reservada Grande Campeã da raça Gir. Nome: Harpa (FOTO: Cleiton Zimer)

Primeira participação

Essa foi a primeira vez que William participou da Expointer como expositor e já saiu com reconhecimento que difunde seu trabalho por todo o Estado. “É uma alegria que não tem como descrever, uma recompensa por tudo o que foi feito até aqui. Acho que tirar uma grande campeã na Expointer é o maior prêmio que um criador aqui do Sul pode ganhar”.

Planejando o futuro: objetivo é aumentar o plantel

Na sua propriedade William têm 33 animais, sendo 24 da raça Gir e nove da InduBrasil. O produtor revela que durante sua passagem pelo evento recebeu diversas propostas para vender novilhas; da mesma forma os prêmios da Expointer levaram seu nome para novos horizontes que aumentaram a procura pelos animais.

Mas de acordo com o produtor, neste momento, o intuito é segurar todas as fêmeas selecionadas aumentando assim o plantel para ter uma produção ainda maior no futuro.

Genética de alto padrão

Para subir nos degraus da excelência genética dos seus animais foi necessário o trabalho de anos, sempre buscando conhecimento e aplicando técnicas de constante aperfeiçoamento.

Para tanto todos os animais são inseminados artificialmente através do sêmen de touros provados de criadores de regiões como São Paulo e Minas Gerais.

William explica que desmama os terneiros entre cinco/seis meses e, depois disso, quando já estão desenvolvidos, são vendidos. Antes mesmo da Expointer possuía mercado por todo o Rio Grande do Sul, vendendo principalmente através da indicação dos seus clientes

No ano passado sua criação foi inscrita na Associação Brasileira de Criadores de Zebú (ABCZ) e na Associação de Criadores Gaúchos de Zebú (ACGZ), o que o levou a profissionalizar ainda mais a produção.

Atualmente atua só com o sêmen provado, cuja dose gira entre R$ 200 e R$ 300; as sexadas, por sua vez, já são mais caras, podendo chegar a R$ 1.500 cada.

William começou a empreender aos 14 anos

Até meados de 2000 a família sempre lidou com animais da raça holandesa. Entretanto, por volta de 2002, seu tio Darci Mário Model, 64 anos, comprou a primeira junta de vacas zebuínas – que são referência na dupla aptidão, ou seja, tanto para leite como corte, além de cruzamento eficiente com outras raças.

Quando tinha 14 anos, em 2010, William adquiriu duas crias destas vacas e viu nelas uma grande oportunidade de empreendedorismo. “Aí eu comecei, fui criando e selecionando as melhores até chegar no ponto que estou hoje”.

Reconhecimento que

gera mais motivação

William (direita) começou a empreender aos 14 anos; hoje trabalha com a ajuda do tio Darci (esquerda) (FOTO: Cleiton Zimer)

William, que sempre gostou da lida com animais, pontua que as premiações na Expointer reforçam sua paixão pela agricultura, dando ainda mais motivos para seguir em constante evolução. “Gosto disso e não troco por nada, ainda mais com esse reconhecimento”.

A produção conta com a ajuda do tio Darci, que também esteve junto no evento. “Gostei muito de participar”. Os dois moram juntos na propriedade, próximos aos pais de William.

Hoje todo o trabalho é feito com maquinário, usando trator para plantar os cerca de seis hectares de milho para os animais, além de outros serviços. Darci lembra que, antigamente, tudo era feito com carroça e arado puxado por bois. “Foi só lá por 1990 que compramos os tratores para trabalhar”.

William preserva a tradição e, há anos, participa com seus animais no desfile da Festa da Colônia.

Quem tiver dúvidas ou precisar de mais informações sobre o empreendimento de William, pode contatá-lo pelo 054 99646-6105.

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