Destaques
Chuva já chegou na Região, mas previsão para janeiro preocupa
Ivoti – A tão esperava chuva chegou a Ivoti durante a manhã desta quarta-feira (5). Apesar de tão esperava, o baixo volume ainda não deve ser suficiente para resolver os problemas que a estiagem tem causado à agricultura.
Assim como deve ser nesta quarta-feira, a pancada de chuva que caiu sobre toda a região no domingo, dia 2, deixou a impressão de que poderia representar um alívio para o abastecimento e para a agricultura. Entretanto, a notícia não foi nada boa: choveu apenas 9,4 mm.
Na madrugada de terça-feira ainda foi registrado 0,8 mm, o que é muito pouco e, somado com os dados da chuva de domingo, representam um número baixo e que precisaria se repetir por, aproximadamente, outros dez dias do mês para atingir os 121 mm ideais para janeiro.
Isso ocorre justamente após um mês de dezembro em que a precipitação registrou números que pouco superam a metade do que era esperado para o período. Dos 128 mm que registram a média histórica, choveu pouco mais de 70 mm.
O meteorologista Nilson Wolff, chefe da Estação Climatológica de Campo Bom, explicou que as previsões não são animadoras para o decorrer do mês. Alguns modelos chegam a apresentar possibilidade de precipitação, mas em pequena quantidade “A questão de estiagem continua e ainda não se tem nenhuma previsão de chuva significativa neste mês. Pelos menos nos próximos 15 dias não tem chuva em grande volume”.
Temperaturas
O ano de 2022 já iniciou com registro histórico de calor. No domingo, dia 2, a Estação Climatológica de Campo Bom chegou a registrar mais de 41º C, a maior temperatura registrada em janeiro nos últimos 16 anos.
O meteorologista Nilson Wolff destacou que, até o final desta semana, o calor deve dar uma amenizada. “Podemos ter mínimas chegando a 15º C, com máximas não muito elevadas. A partir de domingo esquenta bastante, mas não chegaremos até o calor extremo registrado no dia 2”, prevê.
A combinação do calor com a falta de chuva é uma das características do fenômeno “La Niña”, que age sobre o Estado, provocando a seca. “Estamos no segundo mês dele bem atuante. As vezes pode entrar um ar um pouco mais frio, mas a tendência e um verão seco e com temperaturas elevados e em alguns casos”.