Polícia
Polícia Investiga possível ligação de homicídio em Lindolfo com tráfico de drogas
Por Guilherme Sperafico
Lindolfo Collor – O corpo de Cleumar Luis Dietrich, 41 anos, foi sepultado na manhã de segunda-feira, no Cemitério Municipal. O velório havia iniciado somente na noite de domingo na Associação de 48, com a presença de muitos familiares e amigos.
O morador foi executado com 16 tiros na noite de sábado, na Estrada Geral 14 Colônias. O caso teve início por volta das 22h25, quando uma guarnição da Brigada Militar (BM) se deslocou ao endereço informado, onde foram localizadas várias cápsulas no chão e uma pessoa baleada.
No momento em que a polícia chegou, ele já estava sendo socorrido por uma ambulância. No trajeto em direção ao posto médico de Lindolfo Collor, acabou indo a óbito. O local foi isolado e solicitada a perícia.
Tráfico
Após o homicídio, um boletim de ocorrências foi registrado no plantão da DPPA de Novo Hamburgo e submetido à Seção de Investigação. Desde a manhã ontem, os agentes da Delegacia de Ivoti trabalham no caso. Foram feitas diversas diligências e familiares foram ouvidos.
De acordo com o delegado Felipe Borba, que está respondendo pela Polícia Civil ivotiense, as investigações ainda estão em estágio inicial. “A principal hipótese é de que a morte tenha relação com o tráfico de drogas. Temos algumas informações neste sentido, de que a vítima teria algum envolvimento naquela região”, afirmou.
Antecedentes
Segunda a polícia, Cleumar tinha antecedentes criminais por ameaça, lesão corporal, lesão corporal culposa, outras contravenções referentes a pessoa e posse de entorpecentes. Porém, somente a investigação e a perícia poderão confirmar o que de fato ocorreu na noite do crime.
Família conta como aconteceu
Ainda abalados, familiares também relatam medo de falar sobre o crime misterioso. Eles prestaram depoimentos na delegacia e, em entrevista ao Diário, disseram que desconhecem o envolvimento com o mundo do crime. Cleumar atuava como freelancer, exercendo a função de cortador de tapetes em uma empresa do bairro Capivarinha e já trabalhou na produção de carvão.
A mãe, Alice Dietrich, 64 anos, conta que já estava na cama quando tudo ocorreu. “Alguém chamou por ele e ele subiu. Ouvimos os tiros, mas ficamos na cama porque não imaginávamos que teria sido com ele. Só percebemos quando começaram a nos chamar pelo nome”, relata.
Alice diz que subiu e viu o filho caído no chão, mas retornou e não teve coragem de ver a cena. “Dois carros pararam e chamaram a ambulância. Quando os médicos chegaram ele ainda tinha pulso, mas acabou falecendo no caminho para o Posto de Saúde”, conta a mãe.
“Foi uma surpresa”
A mulher espera que a Justiça seja feita e diz ainda não acreditar no que ocorreu. “Foi uma surpresa para a gente. Não imaginávamos que pudesse acontecer isso. Não sabemos dele ter nenhum inimigo. Temos medo até de falar sobre isso agora. O certo é que os culpados sejam punidos, mas como estamos no Brasil, não acreditamos nisso”, afirma.