Geral
Diário da Terceira Idade: o retorno dos bailinhos da Melhor Idade
Após período sem bailes os grupos voltam com tudo
Estância Velha – Foram dois longos anos sem eventos, sem os tradicionais bailinhos semanais e sem os passeios turísticos. A rotina do pessoal da melhor idade foi totalmente alterada, passando por ajustes e por momentos difíceis, principalmente pelo fato de não poderem se reunir com amigos e familiares, tudo em virtude da pandemia. Mas a realidade agora é outra e os bailes da Terceira Idade estão retornando com força total e os clubes estão retomando as programações e os planos para receber a todos com muita animação.
Os bailes dos Clube Conviver são realizados na Sociedade de Canto Lyra (Créditos: Leila Ermel)
Grupos ativos
No município são várias as opções de participação, com a existência dos Grupos de Terceira Idade Alegria, Conviver, Lyra, Amigos do Padre e Atlântico. Além de outros que grupos de amigos que se reúnem para acompanhar a programação dos clubes de idosos.
A disposição, alegria e as amizades são alguns dos pontos altos dos encontros semanais dos clubes de terceira idade. Muitas histórias, relações e experiências são compartilhadas nestes bailinhos.
Além dos encontros semanais, outras atividades são realizadas por eles. Uma grande parte dos integrantes participa do Grupo Vida Saudável de ginástica, outros se reúnem para outros eventos, para passeios ou até para viagens. Também tem os passeios turísticos programados pelos clubes de idosos, que já estão se organizando e planejando as agendas para o restante do ano.
Casais frequentadores
Muitas pessoas da melhor idade ficaram reclusas em suas casas, isoladas de tudo e de todos, mantendo os cuidados necessários durante a longa pandemia e seus protocolos sanitários. Mas, agora, com a possibilidade de eventos presenciais este público tão especial voltou à ativa, e está e reunindo semanalmente, interagindo com outros grupos e vivendo o melhor desta faixa etária tão especial.
No baile do Grupo Conviver, do gabinete da primeira-dama Martieli de Carli, na quarta-feira, dia 11, o Diário conversou com quatro casais sobre o período de pandemia e a volta aos encontros.
– Eliria Wantz, 74, e Antônio Flores Padilha 68 participam dos encontros há cerca de 10 anos. “Passamos toda a pandemia em casa, foi difícil né. Não podia sair, nem se divertir, foi complicado. Agora estamos felizes, fomos Rei e Rainha do Grupo antes da pandemia, em 2018, então sentimos muita falta disso. Agora está ótimo, queremos convidar grupos visitantes. Estamos fazendo uma rifa para arrecadar valores para um passeio. Antes os bailes ocorriam no PAM, mas agora estamos aqui na Sociedade de Canto Lyra, e convidamos a todos para virem passar momentos felizes conosco. Hoje está mais tranquilo, mas nosso baile de Kerb na semana passada foi ótimo, lotado”, afirmam.
Eliria e Antônio
– Paulina Marisa Vier, 64, e Irineu Prass, 65, estão participando desde o retorno, este foi o terceiro baile deles. Ela mora em Estância Velha e ele em Capela de Santana. “Foram tempos difíceis na pandemia, sem ter o que fazer. Mas agora está uma maravilha. Começamos há três encontros a participar aqui. A gente vai vir conforme tiver condições por causa do trabalho dele. Estamos gostando muito, o ambiente, as pessoas, a música. Passamos uma tarde bem agradável nestes três encontros aqui”, destaca o casal.
Paulina e Irineu
– Marilene Zarth, 67, e Edmundo Pedro Sonnenstrahr, 79 anos, ela é participante há 30 anos do Grupo Conviver e participam de vários bailes na semana, visitando a região. “O período da pandemia foi muito difícil fechados dentro de casa. Mas agora começamos com animação. A gente vai em todos que dá. Aos sábados vamos em Campo Bom, domingos no Palestrina, em segundas Lomba Grande, terça no Atlântico, no Rincão, quarta aqui e quinta no Lyra. Mas nem sempre dá para acompanhar todos. Mas se a gente pode somente folgamos na sexta. Adoramos participar. Ele fará 80 anos em novembro, e temos muita disposição para nos divertir e conviver com os amigos. É muito maravilhoso isso aqui”, asseguram.
Marilene e Edmundo
– José Pedrinho Weiler, 62, e Sandra Rosane Petry Weiler, 57, são os mais jovens do grupo. “Durante a pandemia ficamos mais em casa. Agora está tudo de bom com o retorno dos encontros do grupo. Estamos muitos felizes, isso faz muito bem para a gente. Já participamos há bastante tempo e adoramos. Frequentávamos já na época do PAC e agora seguimos aqui. Vale muito a pena participar e dar sentido à vida”, destacam.
José e Sandra
Por Leila Ermel