Veículo suspeito de ser usado para execução em Nova Petrópolis é apreendido em Campo Bom

Campo Bom – O carro suspeito de ter sido usado por criminosos para a execução de Raquiel Sartori, o Chavinho, na semana passada, em Nova Petrópolis, foi apreendido por volta das 21h45 da noite de segunda-feira, 20, pela Brigada Militar, em Campo Bom. O veículo, um Hyundai ix35, cor preta, estava com placas clonadas (IZT2F01), de Porto Alegre e havia sido roubado no dia 4 de abril deste ano.

A recuperação do veículo, que tem placas originais de Canoas, começou com uma perseguição e troca de tiros por várias ruas de Campo Bom e também de Novo Hamburgo. Três suspeitos prestaram depoimentos, mas não foram presos.

Fuga

De posse das informações, a guarnição da Brigada Militar anunciou a abordagem com sinais sonoros e luminosos, mas o condutor do Hynday não obedeceu e iniciou a fuga. Na tentativa de se desvencilharem dos policiais, os tripulantes abriram fogo contra as viaturas e motos da Brigada Militar quando passavam pelo bairro dos Gringos.

Acidente

Quando passavam pela Avenida Independência, o veículo trafegou na contra-mão e causou uma colisão de uma moto no canteiro central. Os policiais conseguiram armar um cerco em uma área de mata entre a ERS-239 e os bairros Alto Paulista, Solar do Campo e Firenze. Os indivíduos abandonaram o carro e entraram a pé na mata. As guarnições realizaram buscas e localizaram somente o veículo, que foi deixado na rua Ereneu Parma, no Solar do Campo.

Uma viatura da Polícia Rodoviária Federal também prestou apoio.

Suspeitos identificados

Ao mesmo tempo, outra guarnição continuou as buscas em local próximo ao do veículo abandonado. Os policiais chegaram até um endereço, na rua João Pedro Dias, bairro Rio Branco, local anteriormente monitorado através do trabalho de inteligência, e visualizaram os três indivíduos suspeitos com idades de 20, 26 e 28 anos.

No local, a polícia encontrou uma calça azul e um tênis sujos de barro, uma touca ninja, um celular, um cartão de crédito e papel-alumínio que possivelmente era utilizado para bloquear o sinal da tornozeleira eletrônica usada pelo homem de 26 anos. Todos foram levados à Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) para registro.

Touca ninja encontrada no local (Créd.: Divulgação)

Antecedentes

O indivíduo mais novo, de 20 anos, possui antecedentes policiais por ameaça, estelionato, extorsão, lesão corporal e receptação. O do meio, de 26, possui antecedentes por ameaça, apreensão de objeto, cumprimento de mandado (procurado), direção perigosa, dirigir sem habilitação, disparo de arma de fogo, homicídio, homicídio tentado, receptação, roubo a residência e roubo de veículo. E o mais velho. De 28 anos, possui antecedentes por cumprimento de mandado (procurado), falsa identidade, homicídio, porte ilegal de arma, receptação, roubo a estabelecimento comercial e roubo a pedestre, além de outros crimes.