Colunistas
Raul Petry – 22/06/22
Panela de Pressão
DENGUE/COVID
Pelo jeito a dengue arrefeceu. Também, com o frio e a chuva que faz neste ano, não tem mosquito que aguenta. Quanto a Covid, volta e meia a praga tenta voltar, mas é logo contida pelas vacinas. E fui pego de surpresa nesta semana por um amigo para o qual confidenciei que temos funcionário que não se vacinou por questões religiosas. Para surpresa geral o amigo disse que também não se vacinou. Sinceramente, embora pessoas esclarecidas, o que leva alguém a não se vacinar, arriscando a própria vida e a de outros?
JOGO DE EMPURRA
Está ocorrendo um verdadeiro jogo de empurra entre a RGE e as empresas de telefonia quanto ao emaranhado de fios que estão pendurados nos postes. Tem um poste no centro de Ivoti em que não é possível contar quantos fios estão presos porque está um grudado no outro. O pior é quando os fios estão caídos ou jogados sobre o passeio público. Neste caso as pessoas não sabem se são fios elétricos ou não. Muita gente não sabe que as empresas de telefonia usam os postes de luz para a internet. A Câmara Municipal de Ivoti se mexeu e os vereadores perguntaram a RGE sobre o assunto. A empresa de luz respondeu que tinha notificado as de telefonia sobre o assunto. Pelo que se sabe, elas pagam para usar os postes de luz da concessionária.
É ESSE
Esse é o nosso Brasil. Tem um ditado que diz o seguinte: dê poder para uma pessoa para conhecê-la melhor. Isto se aplica como uma luva no poder público quando ele chega de supetão e diz o seguinte: este imóvel é patrimônio histórico e não pode ser mexido. Até aí tudo bem. A próxima pergunta é a seguinte: e quem paga o prejuízo. Afinal, está sendo imposto um prejuízo para o proprietário e quem vai reparar ele. Se você bate um carro em outro e for o culpado, você tem que pagar a conta. Assim é com tudo, menos com o estado brasileiro. Ele pinta e borda, diz como tem que ser feita as coisas e não quer saber de prejuízo de ninguém. Está pouco se lixando.
INTERDIÇÃO
Estou me referindo ao último caso de prédio que os donos resolveram derrubar, mesmo porque um mendigo foi morar lá. Segundo consta, a Prefeitura foi lá e interditou a derrubada da casa. Parece que foram mais longe. Querem obrigar os proprietários a reconstruir a parte demolida. As vezes o imóvel foi construído com o suor de ancestrais, juntando migalha por migalha. Hoje o poder público vai lá e diz que o imóvel não pode ser mexido, por conseguinte não se consegue vendê-lo e ninguém quer saber de prejuízo de ninguém. É um descaso, uma pouca-vergonha o que fazem neste país. Se o município quer preservar um patrimônio arquitetônico como no caso, que o avalie e faça a devida indenização. Podem pagar em 10 anos, mas que indenizem os proprietários, assim como é feito com as desapropriações a bem do serviço público quando se constrói uma estrada por exemplo. Caso contrário está sendo cometido um delito, mesmo que a lei o permita. Neste caso, os delinquentes são, também, os que fizeram a lei sem prever indenização.