Fala Comunidade: o Centro de Dois Irmãos pelo olhar dos seus moradores

Por Giordanna Benkenstein Vallejos

Dois Irmãos – Coração da cidade, o Centro de Dois Irmãos se torna cada vez mais pulsante, com a vinda de novos moradores, abertura de comércios e eventos marcantes. É no Centro que a população se reúne para um chimarrão na Praça do Imigrante aos domingos, é para ele que muitos empresários e colaboradores se deslocam para cumprir a jornada de trabalho e é dele que alguns turistas lembram, quando pensam sobre os memoráveis Kerb de São Miguel e Natal dos Anjos.

O Centro possui escola, farmácias, hospital, comércios, supermercado, bancos e demais locais necessários para a vida cotidiana. Por isso, quem reside nele tem um acesso próximo e confortável a tudo que precisa. Apesar de ser um dos bairros de maior movimento, um fator positivo destacado pelos moradores é a segurança e a tranquilidade que ele tem a oferecer.

Com o desenvolvimento que Dois Irmãos está vivenciando, existem alguns fatores negativos. Um dos impasses trazidos pelos residentes foi a falta de estacionamento, que prejudica o comércio e dificulta a mobilidade geral. O outro foi que com a construção de novas casas e comércios, o Centro começou a perder a sua arborização e beleza dos seus canteiros floridos.

Opinião dos moradores

Iara Maria Zamo, moradora e proprietária da Casa da Costureira

“Moro há 15 anos perto da praça, jamais quero sair daqui. Não sou natural de Dois Irmãos, mas considero ela a minha cidade. No Centro tudo é bem perto e prático, mas eu gostaria de ver mais canteiros de flores. Quando abri a Casa da Costureira, tive muito apoio das pessoas daqui e eu nunca sofri preconceito por não ser de origem Alemã. Acho bonito que o pessoal se cumprimenta, mesmo sem se conhecer e gosto que o Centro é um lugar tranquilo. Minha loja foi furtada apenas uma vez em 30 anos e o crime não ficou impune. Dois Irmãos é um lugar seguro de viver e de empreender.”

Cláudio Scherer e Andrea Kafer Scherer, casal morador.

“Precisamos melhorar a questão do estacionamento. Muitas vezes os próprios lojistas e funcionários deixam os carros na frente, as pessoas precisam se conscientizar. Moramos no Centro pela facilidade e por não precisarmos de carro para sair, podemos fazer tudo a pé ou de bicicleta. Às vezes em finais de semana é preciso aprender a conviver com barulho, mas não é sempre. Pensamos que seria interessante um projeto de arborização para manter a cidade bonita e florida, pois a cada comércio que abre, são derrubadas novas árvores.”

Rosa Marli Loebens Klein, proprietária da Feito Você.

 “Há três anos eu morava em cima da Farmabel, bem no Centro. Ali eu morei por 29 anos em um apartamento e achava ótimo, porque tinha duas crianças e elas iam a pé para a escola ou para as atividades extracurriculares, como catequese. Também sempre gostei de fazer caminhadas e o centro é bem seguro, conseguia caminhar sozinha e tranquila, de dia e de noite. Em relação ao comércio de roupas, na minha opinião ainda é melhor abrir no Centro, mas enfrentamentos problemas em relação a falta de estacionamento.”

Maria Elisa Scherer, moradora e empresária da loja Flor do campo.

“Atualmente não podemos nos queixar, é bem tranquilo morar no Centro. Temos tudo pertinho, como mercado, farmácias, banco. A maioria das coisas eu faço a pé. Como comércio estamos aqui há 40 anos e moramos em cima da loja.”