Colunistas
Raul Petry – 07/07/2022
Panela de Pressão
ENQUETE
Sugere-se que se faça uma enquete em Ivoti para presidente da República. Só para ver como estão as coisas no que toca a próxima eleição. Afinal de contas, faltam apenas três meses para o pleito de outubro. E só temos dois candidatos, um vota num ou vota no outro. Muitos só não votam nulo porque sabem que vão ajudar o pior a ganhar. Não temos uma terceira opção. A comentada terceira via não aconteceu.
CÍRCULO
Qual a diferença entre círculo vicioso e círculo virtuoso. Entende-se por círculo vicioso aquele que puxa pra baixo, uma sucessão de acontecimentos que tem um mau vício e que se sucedem pelo fato de não existir outra expectativa. E o círculo virtuoso é o contrário. Tudo puxa pra cima porque as pessoas estão com a cabeça voltada para o alto, subindo, melhorando, crescendo, a economia indo de vento em popa. Qual dos círculos nos encontramos? Sem dúvida, num círculo virtuoso, porque Ivoti cresce como nunca nos últimos 30 anos. Tem que descontar as décadas de 70, 80 e 90, que foram 30 anos de coisa nunca vista por causa da emergente exportação de calçados. Naquela época havia linhas de kombis e ônibus indo buscar trabalhadores nas missões. Levas vinham se estabelecer aqui. O calçado não é mais o mesmo e a saída foi a diversificação da economia.
COMBATIVO
Soube que o vereador Edio Vogel voltou a ser o mesmo de antes. Ele havia mudado, não era mais o mesmo. No entanto, na segunda-feira, durante a sessão da Câmara de Vereadores, parece que se exaltou na presença de dezenas de professores que foram reivindicar aumento salarial. Ao que tudo indica ele não bateu em Bolsonaro, que fixou um piso nacional para os profissionais da educação, mas inimigo político. Escolheu como alvo o colunista que vos fala e esqueceu Bolsonaro. Não tem problema, acho que o papel dele é este mesmo. Edio Vogel não fez a votação que fez para ficar sentado na Câmara segundas-feiras de noite e ficar mudo. Aí se trata de um personagem. O Edio verdadeiro, de carne e osso, é este de segunda-feira. Seja benvindo de volta a política do município.
SELEÇÃO NATURAL
O problema do serviço público é que não há meritocracia. Na vida comum, os que são melhores ganham mais e os outros menos. Cada um ganha o que produz. No serviço público é tabelado, todo mundo ganha igual, mesmo que um não produz nada e o outro sua de tanto produzir. Uns tem serviço e os outros só o emprego. Tarso Genro, quando governador, voltou da Coréia impressionado com a educação de lá. Na Coréia o professor ruim vai para a rua como em qualquer empresa. Quis implantar aqui o mesmo sistema. Fez um discurso entusiasmado neste sentido quando desembarcou no Salgado Filho e no outro dia não falou mais no assunto.