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Raul Petry – 11/07/2022

11/07/2022 - 07h55min

Panela de Pressão

 

COMPREENSÃO

O povo de qualquer cidade do Brasil tem que ter a compreensão da nossa cultura como país. Não fomos colonizados por franceses, ingleses ou alemães. Nossa cultura remonta a coroa portuguesa, que foi, por assim se dizer, o nosso azar. Os países da península ibérica eram diferentes dos citados. Com este preâmbulo, chegamos aos dias de hoje e isto explica porque somos pobres como países e os países do hemisfério norte são ricos. Pobres por causa da desigualdade, há os muitos ricos e a classe média, são no contexto da população toda poucos, 20% da população. E 80% são excluídos ou vivem com muito pouco. Nos países ricos, não há esta desigualdade e todos vivem bem. O país que queremos ver é o dos 20%. O país dos 80% todos querem esconder.

 

JEITO

Um sociólogo americano que estudou o Brasil chegou a seguinte conclusão: no Brasil a cultura reza que se preze a família em primeiro lugar e os amigos em segundo lugar. Nos EUA todos são tratados pela mesma lei e todos são realmente iguais perante a lei. Por isso eles são ricos e pelo mesmo motivo nós somos pobres. Somos pobres porque 80% são pobres. Eles são ricos porque 80% são ricos. Lá a máxima que vale é que todos são iguais perante a lei e não existem privilégios para ninguém. Aqui em primeiro lugar a família, em segundo os amigos e em terceiro os mais próximos (partidos políticos e outros que tais). Por isso o serviço público tem leis próprias quando se trata de emprego e benefícios. Por isso, quando alguém pertence a um partido dificilmente fica sem emprego. Se dá um jeito.

 

É ISSO?

Quando mostraram slides para um alemão importante (e estava sendo pedido dinheiro para ele), slides de Foz do Iguaçu, Copacabana, só riqueza e paisagens bonitas. Lá pelas tantas o alemão se levantou e perguntou? O Brasil é isso? Onde estão as favelas e a miséria? Deixou todos desconcertados.

 

VEREADORES

Faço esta introdução para lembrar como somos maleáveis e, dependendo, tudo é varrido para debaixo do tapete. A última gestão de Arnaldo foi um atraso de vida. “Milagrosamente” o Tribunal de Contas a reprovou e hoje a Câmara de Ivoti vai aprovar e talvez até por unanimidade. Nossos representantes são brasileiros e para eles vale aquela máxima (família, amigos e os mais próximos). Arnaldo foi na Câmara e deixou os vereadores com o coração partido. Preferiu fechar o ano com déficit do que cortar no Mais Vida e nas Creches. Nunca a Câmara Municipal de Ivoti rejeitou as contas de um prefeito e não seria agora. Mas esta legislatura vai ficar na história como a que tinha obrigação de rejeitar as contas. Não vai fazê-lo mesmo diante da pior administração dos 58 anos de Ivoti. Nestas horas, como a nossa cultura como país reza, todos são farinha do mesmo saco.

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