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Coluna Dois Irmãos

Mauri Marcelo Toni Dandel – Começo de Conversa

25/08/2022 - 07h11min

Começo de Conversa – Dois Irmãos – Por Mauri Marcelo Toni Dandel

QUANTOS?
-Em 1960, o recém emancipado município de Dois Irmãos tinha apenas três motos e 26 automóveis, acredita nisso?
-E outra: você acha que tinha mais automóveis ou caminhões? Hoje deve dar quase 3 por 1 para os automóveis, não?
– Pois na época nem da pra comparar, o número de caminhões eram absurdamente maior.
-Quer saber de outra? Tinha mais Jeeps (ou ‘jipes’) do que camionetas “rurais ou de turismo’. Hoje são quase 3 mil camionetas (e utilitários), ou seja, quase 20% da frota.
-Pois é, a diferença de 62 anos atrás para hoje é absurda quando o assunto é a frota de Dois Irmãos, do passado ao presente. Hoje são 13 mil automóveis, num total de 20 mil veículos.

EMANCIPAÇÃO
-Bueno, recebi uma cópia da Estatística de Veículos Motorizados e Licenciados em 1960, enviada pelo vice-prefeito Juarez Stein. E estes dados todos nós vamos divulgar no caderno de aniversário dos 63 anos de Dois Irmãos, que vai circular no dia 09/09. Quem tiver conteúdo histórico assim, pode me passar, fico muito agradecido. Por ora, ao Juarez, que sabe do meu apreço pelo conteúdo histórico da cidade, meu muito obrigado!
-Aliás, que maravilha seria passear na São Miguel naquela época, quase que sem qualquer trânsito na rua poeirenta!
-Se bem que… me ‘deu um “déjà vu” agora’, aquela sensação de já ter escrito isso no passado.
– Acho que foi naquela matéria que fiz em um caderno do aniversário de Dois Irmãos do passado (que depois virou meu ebook sobre parte da nossa história como município) que mostrava o Kerb de 1948.

REVISTA VEJA
Para quem não está a par deste assunto: a revista O Cruzeiro (que era como se fosse a Veja daquela época) fez uma matéria de várias páginas sobre o Kerb de São Miguel, destacando a festa no Salão Sander (que mais tarde foi hotel). Isso foi em 1948 e o repórter foi o futuro escritor Josué Guimarães, cuja matéria retratamos naquele caderno! Então, imagina que maravilha seria a gente caminhar pela São Miguel da época e contemplar o casario antigo e todas as características da época. E, de vez em quando, passando um e outro carro, pois não eram muitos, como vimos no ‘começo desta Começo de Conversa’.

GRANDE

Ah, sim, o Josué Guimarães que era o repórter acabou, depois disso, se tornando um dos grandes escritores gaúchos. Ele que esteve aqui para fazer a cobertura do Kerb e retratar nas páginas da revista de circulação nacional. Imagina que momento para Dois Irmãos! Imagina se hoje a Veja ou a Época viessem a Dois Irmãos cobrir o nosso Kerb. Mesmo que muitos de nós, hoje, torcemos o nariz para a imprensa lá de cima por questões políticas, para a cidade seria uma baita divulgação!

RÁPIDAS
– Aliás, quem ainda quiser participar do caderno da emancipação deve procurar algum vendedor do Diário até fim deste mês.
– Atualmente, quando a gente antecipa algo “antes do tempo” chamam de “spoiler”. Não chamarei deste termo moderninho porque “sou das antigas”, mas…
– Mas, vamos antecipar alguma coisa: neste caderno estamos contando parte da história de Dois Irmãos através da história de famílias cujos ancestrais vieram de navio da Alemanha, temos também conteúdo sobre o professor Stein, os Scholles, Becker, Kolling, Sander, a dona Lia do Vale Verde, o Jair do São João, o padre Paulo Wendling e estamos na luta para o Paulets Lauxen nos dar entrevista, dando seguimento à história contada por sua mãe, a dona Lucilda Lauxen (em um caderno anterior).

– Por fim, a mensagem positiva do dia, retirada da internet: “Amigos são como os sapatos, podemos até ter vários, mas sempre andamos com os que nos fazem se sentir melhor”.

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