Colunistas
Raul Petry – 27/09/2022
Panela de Pressão
CANDIDATOS
Pois no próximo domingo teremos eleições para deputado estadual, deputado federal, senadores e presidente da República. Está em jogo muita coisa. No entanto, ganhe quem ganhar, o certo é que nada mudará de substancial. A cultura brasileira está de tal maneira impregnada na alma do povo, que dificilmente o status quo sofrerá qualquer modificação. Sabe-se de antemão que a carteira de motorista continuará custando os olhos da cara, sabe-se que a gasolina, a luz e as telecomunicações continuarão custando caro, porque é ali que os governos arrecadam mais e mais facilmente em detrimento das consequências, ou seja, nada mudará. Uma coisinha aqui outra ali mudarão mas tanto pode ser para melhor quanto para melhor. Quem quiser ficar com a alma em paz votará no candidato em quem tem mais afinidade. Mas num país onde tanto importa em quem a pessoa vote, desde que ela tiver uma vantagem qualquer, ali estará o seu voto. Tanto pode ser o candidato que tiver o sorriso mais bonito, a mulher com os olhos mais lindos, o discurso mais apropriado mesmo que esteja mentindo, ou aquele que literalmente comprou o voto do eleitor, ou seja, o voto é conferido por motivos subjacentes e não votando no melhor, por cerca de 70% da população. Ali estão incluídos aqueles que votam num sujeito achando que é o melhor, mesmo que seja o contrário. A ignorância do eleitor se deve a falta de poder de discernimento que atinge este percentual da população. Por fim, tem o voto que garanta o emprego que já existe ou aquele que espera ser brindado por um cargo. Portanto, as possibilidades de uma eleição no Brasil dar errado é enorme, por causa da complexidade do país e da cultura herdada dos colonizadores. Não tenho esperanças de melhorias a cada eleição.
EXEMPLO
A redução de impostos verificada neste ano vai perdurar no ano que vem. Não foi só a gasolina que teve os impostos reduzidos. O governo federal reduziu em 35% o IPI dos produtos industrializados. Como já faz mais tempo que o IPI foi reduzido, já dá para se chegar a uma conclusão sobre o acerto da medida. O governo federal está arrecadando 40% mais IPI do que antes da medida. Quanto mais barato mais aumenta o consumo. No fim fica elas por elas, com inúmeras vantagens com a redução. Está mais do que provado de que não adianta aumentar alíquota, ou aumenta preço. Quanto mais alto essas, menor o consumo e menor a arrecadação. Como botar na cabeça de nossos governantes uma coisa simples que está mais do que provado em todo o mundo. Pois aconteceu este ano com o IPI e aconteceu com a redução do ICMS cobrado pelos estados. Nenhum estado vai perder arrecadação, mas os governadores deploram que sim. No ano que vem teremos a resposta, se serão duradouras as medidas ou não.