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Coluna Dois Irmãos

Dois Irmãos

07/03/2018 - 08h41min

Atualizada em 14/03/2018 - 14h48min

IPTU DO MOMENTO

O assunto principal na sessão não poderia ser outro: reajuste do IPTU. Aumentos acima de 150% ou reduções estão dando o que falar na cidade nos últimos dias. Muitas pessoas estão revoltadas e procurando a Prefeitura para rever seu imposto, assustadas com tanto aumento. No seu papel, a oposição fez o dever de casa. No ano passado, os vereadores do PT/PDT e mais Elony Nyland (PMDB) foram contrários, mas acabaram sendo votos derrubados por Sérgio Fink, Eliane Becker, Paulinho Quadri, Paulinho Gerhke e Léo Buttenbender. Os petistas Paulo Fritzen e Joracir Filipin, que conseguiram lotar a Câmara por três vezes no ano passado, bateram na atual gestão Tânia e Jerri. Como era esperado. Como de direito da oposição. Houve até sugestão de pedido de demissão de secretários. Isso tudo não surpreende. Os dois foram contra, permanecem contra e vão seguir sempre fazendo a própria campanha que foram contra o aumento de imposto em Dois Irmãos.

SILÊNCIO QUASE TOTAL

O que me surpreende e, talvez não deveria mais me surpreender, já cobrindo a política há alguns anos, foi a postura dos “vereadores da prefeita”. O silêncio por parte deles foi quase total. Dos cinco (quatro na sessão – Eliane faltou por motivos de saúde) que votaram favoráveis, somente Fink usou a tribuna para manter sua postura de defesa ao reajuste e ao governo. Os demais simplesmente assistiram a sessão de camarote, como se eles nada tivessem a ver com o assunto. Assistindo a sessão, me pareceu que aquele projeto do imposto aprovado às pressas, na véspera de Natal e em sessão extraordinária, nem contou com o voto deles, ali, sentados em silêncio.

NADA A FAZER

Há diversas interpretações para a postura da situação, cada um pode fazer a sua análise. No entanto, na minha, ver um político preferir deixar ao assunto “morrer”, no ditado “quem não é visto não é lembrado”, é somente mais um exemplo da nossa política indo para o fundo do poço. O projeto foi aprovado sem ninguém saber quanto seria o valor do reajuste para cada cidadão, a realidade é essa e, assim, muitas coisas são feitas no meio político, seja em Brasília, ali em Porto Alegre ou aqui em Dois Irmãos. E, no fim, todos nós pagamos a conta. Sem as explicações coerentes.

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