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Região

Enchente deixa um rastro de areia no Camping Behne, em Ivoti

21/06/2023 - 18h44min

Atualizada em 21/06/2023 - 19h02min

Leandro Behne avaliando os estragos causados pela enchente (FOTO: Geison Machado Concencia)

Quem vê o famoso Camping Behne hoje, se impressiona com a forma que ele ficou. Devido à enchente da última semana, o local foi, completamente, invadido por um “mar de areia” que tomou conta do local. Cerca de um metro de material trazido pela enxurrada tomou conta do espaço. O proprietário, Leandro Behne, estima perdas de R$ 600 mil em seu empreendimento, sendo o sustento dele, da esposa e do filho.

O camping Behne tinha piscinas em seu espaço, como mais um atrativo para os visitantes. A quantidade de areia que veio com a enxurrada encheu, completamente, as três que haviam no local.

A enchente não trouxe apenas uma grande quantidade de lama, mas, também, levou quase toda a sua cozinha, destinado a servir café colonial para turistas e visitantes. Freezer, geladeira, fogão, air fryer e muitos outros itens. A força da água foi tão grande que levou parte da estrutura em que funcionava a cozinha. “Nunca tinha visto nada parecido. A enchente de 2011 não chega perto dessa que vivemos este ano. Lembro que a água, naquela época, não avançou nem a metade do que chegou esta”, disse Behne.

A cozinha era um espaço recente criado por Behne. Há três anos, ele decidiu servir um café colonial para seus clientes como mais um atrativo turístico. E o negócio ia de vento em popa, fazendo sucesso na comunidade.

O nível do Rio Feitoria, que passa nas proximidades do camping, subiu de tal maneira que não atingiu apenas a cozinha e demais espaços de interação. Ela, também, alcançou a casa que fica um pouco mais longe. A água chegou próximo à janela.

Behne comenta que foi tudo muito rápido. Desde quinta feira à noite, ele e sua família perceberam que o rio estava subindo, porém, não imaginavam que aumentaria tanto, devido à experiência que eles têm no local. “Lá pelas 18h ou 19h, o Feitoria não parou de subir. Durante a madrugada, já tinha invadido quase tudo. Não deu tempo de salvar nada”, comenta Behne.

Diante de tanto estrago, Behne calcula, pelo menos, cerca de 6 meses para voltar a receber visitantes. Mas, alerta: “chutando por baixo acho que dá seis meses, porém, não descarto a possibilidade desse tempo ser superior”.

Mesmo com tanto trabalho para ser feito no camping, Behne não perde a esperança e o ânimo de rever o espaço que construiu ao longo de sua vida. “O jeito é levantar a cabeça e começar tudo do zero”, comenta.

Incentivo
A Prefeitura de Ivoti destacou que existe um plano para ajudar empreendimentos como as do Camping Behne. Segundo eles, a contribuição pode ser por lei de incentivo e recursos do Estado ou da União. O Executivo, também, ressalta que há previsão de investimentos para as áreas afetadas, como o Núcleo de Casas Enxaimel.

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