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Polícia

Criminosos que aplicaram o golpe do bilhete tentaram atacar outra vítima em Dois Irmãos

07/07/2023 - 06h00min

Atualizada em 07/07/2023 - 10h48min

A moradora foi abordada na Av. Porto Alegre. Naquele horário não tinha ninguém na rua (FOTO: Cleiton Zimer)

Por Cleiton Zimer 

Dois Irmãos – Na quarta-feira (5) pela manhã, por volta de 9h15, uma moradora de 68 anos foi vítima do golpe do bilhete premiado. Teve um prejuízo de R$ 14 mil após acreditar nos estelionatários que lhe prometeram R$ 200 mil caso ajudasse a resgatar um suposto prêmio de quase R$ 3 milhões.

A situação iniciou na rua Taquara no bairro Primavera (onde foi abordada), sendo consumada no Centro (onde a vítima sacou a quantia no Banco Bradesco e entregou a uma mulher). Ela chegou a ser levada para casa, em um carro, por um terceiro suspeito, acreditando que deveria pegar documentos para fazer o saque da bolada na Caixa. Depois disso ele fugiu e foi quando a vítima percebeu o golpe.

Alguns metros dali…

Mas parece que este não foi um caso isolado. Praticamente no mesmo horário, lá pelas 9h, uma moradora de 61 anos saiu de casa no Centro e foi dar sua caminhada matinal. Ao ingressar na Av. Porto Alegre, perto do Campo de Sete, percebeu que um carro prata – que não sabe dizer o modelo, mas de formato ‘alongado’, parou atrás. As características são semelhantes às relatadas pela outra vítima.

Tinha um homem e uma mulher. Estavam de cabeça baixa, como se estivessem mexendo no celular”, disse à reportagem.Naquela hora não tinha ninguém na rua.

Ela não se deu conta na hora, mas, na manhã de ontem, quando leu a notícia no Diário em que a idosa perdeu R$ 14 mil, assimilou os fatos e relatou o que lembrava. “Temos que alertar as pessoas para que mais gente não acabe caindo”, afirmou.

Mulher a perseguia na rua

Neste caso, a moradora desconversou e não caiu no golpe. Mas disse que depois o carro passou por ela e parou na frente. “Uma mulher desceu e fingiu tocar a campainha de uma casa. O motorista foi embora.

A moradora conta que a suspeita tinha as mesmas características mencionadas pela vítima: aparentava ter cinquenta anos, magra, morena, cabelo na altura do ombro, usava óculos, calça e blusa preta. “Acho até que estava com uma máscara, parecia ser artificial.”

Quando se aproximou, do nada, a mulher fechou sua frente. A moradora tentava se desvencilhar, mas ela a perseguia caminhando, tentando puxar assunto. “Disse que perdeu o marido fazia dois anos e agora tinha que fazer tudo sozinha. Que ali tinha um homem que arruma bomba d’água e pediu se eu sabia quem era, e eu respondia que não. E tentei sair, mas ela vinha atrás.

O terceiro elemento

Ela estava sendo tão invasiva que a moradora foi para o outro lado da rua. Mas a suspeita foi atrás. De repente entrou em cena um homem. “Parecia um banqueiro de tão bem-vestido. Camisa, moreno, alto, cabelo bem cortado, sapato, andava apressado.

A suspeita chamou o homem e este manifestou surpresa e parou abruptamente. “Ela disse que talvez este poderia lhe ajudar. Aí ela abriu a bolsa e tirou um folheto, tinha dinheiro junto. Vi que estava escrito rua Piratini em cima – e não tem rua com esse nome aqui.

Mas, naquela altura, a moradora acha que os dois se flagraram que ela não cairia. “Eu disse que iria embora. O homem até me acompanhou por uns metros e depois sumiu.” Ela até achou que poderiam lhe roubar o celular, ou algo assim. 

A moradora chegou a alertar um grupo de idosos que participa. “Eles são muitos bons de lábia. Parece que tentam atingir nosso ponto fraco”, enfatizou, reforçando que a comunidade deve ficar atenta.

Investigação prossegue

A Delegacia de Dois Irmãos segue investigando o golpe de R$ 14 mil. Qualquer informação pode ser repassada para pelo telefone 51 3564-1190 ou whats 51 98543-7318, garantindo-se o sigilo da informação.

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