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Retorno do suplente Plínio “aquece” sessões da Câmara de Santa Maria do Herval

16/04/2024 - 12h54min

Plínio Wagner (PP) assumiu como suplente neste mês de abril (FOTO: Cleiton Zimer / arquivo)

Ele fez duras críticas às emendas parlamentares dizendo que são a origem da corrupção

Por Cleiton Zimer

Há três anos e meio não se via embate na Câmara de Vereadores. No entanto, isso mudou com a saída temporária de Tarcísio Schuck, o Schukinha do PP, que se licenciou por um mês. Em seu lugar assumiu o segundo suplente Plínio Wagner – que na última eleição não conseguiu se reeleger após 20 anos consecutivos como vereador.

Plínio alfinetou diretamente o parlamentar Cleidir Arnold, o Clet, (MDB) fazendo duras críticas às emendas parlamentares instituídas através da reformulação da Lei Orgânica enquanto ele era presidente, em 2022.

“Eu não iria aprovar isso”

Disse, diretamente, que a corrupção a nível federal começou a partir das emendas. “Eu não iria aprovar isso. Ia votar contra. Mas eu respeito a opinião de cada um de vocês. Acho que tinham boas intenções. No futuro isso aí vai criar problema. Vão ser as negociações do Legislativo e Executivo. Aí perde o respeito, a humildade, a honestidade.

Clet disse que concorda que, à nível federal, os deputados vendem seus votos. Mas discordou quanto às emendas locais. “Se a gente tiver dentro desta Casa vereadores capazes de entender e realmente ajudar a levar o município à frente e não usar politicagem, com certeza essas emendas são de boa serventia.”

Cleidir Arnold (MDB) foi presidente durante a mudança que permitiu as emendas (FOTO: Cleiton Zimer / arquivo)

Plínio seguiu irredutível. “Vocês colocaram o Executivo na parede.” Disse que com o fechamento do Frigorífico Boa Vista, da Cooperativa Piá e da fábrica de tecidos de Boa Vista, terá queda no orçamento. “O dinheiro vai faltar ano que vem.”

E continuou. “Parece, minha visão: a prefeita Mara não tem condições para administrar estes R$ 48 milhões?”, indagou quanto ao orçamento local, comparando-o com Dois Irmãos que possuí quase R$ 200 milhões. “Fizeram leis para dar emendas? Não sei, acredito que não”.

O embate entre os dois seguiu de forma velada durante a sessão. Mas, após o término, evoluiu para acusações mútuas e diretas, com bate boca intenso e ânimos exaltados. Plínio estará na Câmara ao longo de todo o mês de abril, e as próximas sessões prometem mais trocas de farpas.

Orlando criticou abstenção

Durante a sessão também foi aprovado um projeto de Lei do Executivo que expande o perímetro urbano. Plínio disse ser importante, que não podia votar contra e optou, então, por se abster. Os demais foram favoráveis.

Orlando Schneider, o Necha, (MDB) criticou: “Vou respeitar, mas uma coisa que nunca fiz é votar abstenção. Ou sou a favor, ou contra.”

Plínio não gostou: “Deixei bem claro que respeito o voto de cada um de vocês. Talvez não merece, mas o respeito dos eleitores de vocês, que confiaram em vocês. A abstenção é um direito que um parlamentar tem, está na lei, se não não existiria. Acho que o colega vereador não sabe o que é abstenção. Eu deixei muito bem claro que o projeto é bom para o município. Ou tu não me entendeu, ou eu me expressei mal? Mas eu não tinha capacidade de votar a favor. Muito menos contra.

 Eleição do vice teve três interessados

Além disso a última sessão foi marcada pelo retorno de Tânia Vier (PSB) que deixou a secretaria de Saúde para poder concorrer em outubro. Com isso seu suplente Paulo Henrique Kaefer, vice-presidente, teve que sair.

Três se ofereceram para ser candidato à vice. Tânia estava interessada, além de Leandro Lechner Kich (PSB) e Cleidir Arnold (MDB).

Cleidir retirou o nome e ficaram somente os dois do mesmo partido. Tânia recuou ao perceber que Kich teria a maioria. Assim, foi apresentado somente o nome dele, que no fim foi eleito por unanimidade.

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